Estudantes voltaram às ruas em ato contra o aumento da passagem de ônibus em Teresina na tarde desta quarta-feira (17). Os manifestantes começaram a se reunir por volta das 16 horas na Praça do Fripisa e partiram em caminhada com destino a Avenida Frei Serafim, onde os motoristas de ônibus pararam novamente de circular devido ao movimento.
Antes da manifestação, por volta das 14 horas, o promotor de Justiça Fernando Santos, ministrou uma aula sobre transporte público no auditório do IFPI Central.
Thiago Henrique, do Movimento Ruptura Socialista, criticou o aumento da passagem e chamou o prefeito Firmino Filho de ditador: “Firmino é um ditador, ele aumenta a passagem quando quer e quer passar o reajuste pra cumprir uma dívida que ele tem de R$ 26 milhões com o Setut e quer jogar pra gente. Hoje se você for fazer um cálculo de pagar R$ 3,60 ida e volta, se for só pra trabalhar, dá mais de um terço do teu salário, que não aumentou nada, aumentou R$ 17,00, no momento que se diz que o país está em crise. Nunca diminuem os salários dos grandes, dos governadores, dos deputados, mas eles querem passar a conta pra gente”, disparou.
“O prefeito Firmino Filho além de estar envolvido na Lava Jato, está envolvido em vários escândalos aqui na cidade, como o desvio de dinheiro dos precatórios do Fundef no valor de R$ 72 milhões e em outubro do ano passado ele descumpriu uma decisão do Tribunal de Contas, retirando R$ 8 milhões daquele fundo, além disso, ele aumenta as passagens da cidade, ele também não deseja hoje pagar o plano de carreiras e salários dos servidores da Strans que, inclusive, estão de greve”, criticou Thiago.
Ingrid, da Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas de Teresina (AMES), relatou que a entidade quer a redução do preço da passagem de ônibus: “É uma falta de respeito com o trabalhador e os estudantes, esse aumento, isso todo mundo já sabe. A gente acha que R$ 3,60 é um reajuste que não precisa, a gente quer que abaixe o valor da passagem, porque tá o preço alto para o trabalhador em relação ao valor de R$ 17,00 que foi aumentado no salário”, afirmou.
Representantes do Vem Pra Rua também estão participando da manifestação, como a Fernanda Brena, que afirmou que o grupo vai continuar lutando: “Vim aqui para lutar pelo direito de todo mundo, por que esse governo não vai vencer a gente, estamos na luta e vamos continuar. A gente veio não pra fazer baderna, mas para lutar pelo direito de todo mundo”.
Questionada se a redução no número de manifestantes em relação ao último ato não desanima, ela respondeu: “Isso não desanimou não, quantidade não define nada não, o importante é que o que estão aqui representam os outros”, afirmou.
Manifestantes pararam um ônibus e colocaram fogo no veículo, mas as chamas foram contidas e não avançaram.
Outras manifestações
No último dia 9 de janeiro, o grupo se reuniu para protestar contra o reajuste. Na ocasião, membros do protesto quebraram as vidraças da sede do PSDB, na Rua Pires de Castro, no Centro.
Reajuste
A passagem de ônibus passou de R$ 3,30 para R$ 3,60 e a meia passagem, congelada há alguns anos, foi reajustada de R$ 1,05 para R$ 1,15.
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