Com a reforma e ampliação da Maternidade Dona Evangelina Rosa (Mder), a unidade vai contar com cerca de 50 leitos a mais, entre UTI neonatal e obstétrica. Foi o que afirmou o diretor geral Francisco Macêdo, ao anunciar as mudanças estruturais que deverão ser realizadas na instituição, em paralelo ao início das obras da nova maternidade de Teresina, que será iniciada ainda em maio.
De acordo com Macêdo, a previsão é que a construção de 10 novos leitos da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) seja iniciada ainda neste semestre, já que o processo licitatório está em fase de conclusão. Outra importante intervenção é a reforma da urgência e emergência, onde será construída uma ala pra abrigar a parte administrativa e transformar a antiga administração em 40 leitos hospitalares.
“Estamos trabalhando junto com a Secretaria de Estado da Saúde e uma equipe de engenheiros e arquitetos pra que possamos encontrar uma maneira viável para que possa aumentar o número de leitos de Obstetrícia e Neonatologia. Já temos soluções prontas para começar”, explicou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Maternidade Evangelina Rosa
Outro importante avanço, que teve impacto direto na assistência à mulher, foi a implantação, ainda no ano passado, da Casa da Gestante, Puérpera e Bebês, com capacidade em atender simultaneamente 20 mulheres, que precisam de cuidados especiais, mas sem a necessidade de internação.
Nova maternidade de Teresina
Ao falar sobre a nova Maternidade, Macêdo afirma que o empreendimento continuará dando ao Estado um grande suporte e deve ser referência, como a Evangelina, em uma estrutura moderna. Ele ressalta ainda a importância determinante da dedicação da equipe da Mder. “A nova maternidade virá substituir nossa Evangelina Rosa, que existe pela dedicação de seus servidores, pelo amor que eles têm pela Casa”, pontuou Macedo, ressaltando que é gratificante ter encontrado profissionais de alto nível, em todas as áreas.
Prevista para ser entregue em 24 meses, a nova maternidade terá uma estrutura moderna, com espaço físico mais adequado, com capacidade instalada bem mais expressiva que a atual Maternidade Dona Evangelina Rosa. A nova maternidade vai mais que dobrar a capacidade de atendimento em unidade de tratamento intensivo. Somente em UTI adulta, serão 20 unidades, assim como 30 leitos de UTI neonatal. Além desses, 45 leitos de Cuidados Intermediários e 20 de leitos Intermediários Canguru, que é um espaço para acolhimento de mãe e bebê. Portanto, serão 105 leitos para tratamento intensivo.
Ele reforça a determinação e insistência do governador Wellington Dias e do secretário Francisco Costa, além dos deputados federais Assis Carvalho (PT) e Iracema Portela (PP) que alocaram recursos para a construção da maternidade. O diretor lembra que o Centro Materno Infantil será local moderno com maior condição de trabalho e atendimento.
Hospital Escola
Graças a excelência do trabalho acadêmico, a Evangelina está vanguarda, em uma linha de frente na Obstetrícia no Estado do Piauí. Referência como Hospital Escola desde a década de 80, a Evangelina tem impulsionado esse serviço junto a universitários e residentes. Ressaltando que a Instituição é responsável pela formação profissional de grandes profissionais. A estimativa é que, atualmente, cerca de 70% dos obstetras e ginecologistas do Estado são egressos do Programa de Residência Médica da MDER e 100% dos pediatras que concluíram formação em Neonatologia encontram-se inseridos neste contexto.
Para melhorar ainda mais esse trabalho, Macedo afirma que o acervo da biblioteca da Maternidade vai ser ampliado, graças a uma parceria com a Universidade Estadual do Piauí (UESPI). “Com mais esse avanço, estaremos dando mais oportunidade de pesquisa tanto aos médicos como os acadêmicos”, previu Macedo. Ele lembrou ainda que ainda este ano será implantado o Laboratório de Simulação Realística na Maternidade, um dos principais recursos para aplicação das novas tecnologias ao ensino de saúde. “Tudo visando à melhoria do nosso acadêmico, já que somos hospital escola”, explica.
Reestruturação
A meta da MDER é oferecer o melhor atendimento às pacientes e com a melhor qualidade possível, aperfeiçoadas com o início, em março de 2016, da adesão ao processo de reestruturação do Hospital Alemão Osvaldo Cruz (HAOC), inserido no Projeto de Reestruturação dos Hospitais Públicos, uma parceria do Hospital Alemão e o Ministério da Saúde, via Proad - SUS (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS). O Projeto de Reestruturação dos Hospitais Públicos trabalha especificamente as questões de qualidade e segurança dentro das instituições e melhoria de processos.
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