Grupos se reuniram no final da tarde desta quinta-feira (18) em Teresina para protestar contra o presidente Michel Temer (PMDB) e pedir sua renúncia após delação envolvendo o nome do presidente, em que ele é acusado de autorizar que o grupo JBS pagasse milhões em troca do silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha, preso desde outubro do ano passado.
Organizados pela Frente Brasil Popular, Central Única dos Trabalhadores (CUT), centrais sindicais e partidos da oposição como PT, Psol e Rede, cerca de 200 pessoas se reuniram em frente ao supermercado Bom Preço, na avenida Frei Serafim, cobrando, além da renúncia de Temer a realização de Diretas Já.
Gil Kairós, da coordenação da Frente Brasil Popular, disse ao GP1 que o ato tem como objetivo fazer com que a população vá para as ruas contra o governo do presidente. “Ele, que foi comprovado agora claro e evidentemente sua participação direta no quadro de corrupção da Lava Jato”, alegou.
Para os manifestantes, a solução no momento é a realização de uma eleição direta. “O povo é quem tem que decidir sobre o processo democrático que o país precisa realizar na escolha do novo presidente da república. Não aceitamos que um Congresso todo corrupto possa assumir a república”, afirmou o coordenador da Frente.
Agressão
O delegado do Sindicato dos Urbanitários, Antônio de Deus Neto, compareceu à manifestação e foi agredido por uma representante da Frente Brasil Popular e provocou uma confusão entre os manifestantes. Tudo aconteceu após o delegado pedir que Dilma e Lula fossem presos por envolvimento com corrupção.
“Não basta só o Fora Temer, precisa de cadeia para todos os bandidos. Cadeia para Aécio, cadeia para Temer, cadeia para Lula, cadeia para Dilma e todos esses bandidos. Eles estão tirando a minha palavra, que manifestação é essa? Eu não represento nada, represento a indignação dos brasileiros”, disse o delegado.
Confira o momento da confusão
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