O secretário municipal de Governo, Charles da Silveira, apresentou a obra “Pequena História do Piauí”, escrita por seu pai, José Camillo da Silveira Filho, ex-reitor da Universidade Federal do Piauí e ocupante de tantos cargos importantes nas administrações municipal e estadual. A obra integra a Coleção Centenário, projeto editorial que já lançou 85 livros e comemora o centenário da Academia Piauiense de Letras. Na solenidade, ocorrida nesse sábado (13), também foram lançadas as obras "Índios e Afrodescendentes", organizado e atualizado por Nelson Nery Costa, e Cancioneiro Geral (1920 - 1976), de Martins Napoleão.
Emocionado, Charles da Silveira destacou o trabalho de pesquisa e a dedicação de seu pai ao Piauí e comentou sobre o livro Pequena História do Piauí, ressaltando a importância que José Camillo Filho dava à sua própria "aldeia".
"Estou na Casa de Lucídio Freitas, uma das casas de meu querido pai. Aqui ele se encontrava consigo mesmo, seja pela convivência com os amigos, seja pela ilustração das conversas ou pelo afago da afetividade de cada um. Meu pai era um homem culto e simples, que colocou sua vida a serviço de sua terra. Pesquisou e escreveu sobre personagens de nossa história e significou em algumas obras a sua maneira de enxergar a natureza humana. O professor José Camillo Filho escreveu, dentre outros títulos, a Rebelião de Pinto Madeira no Piauí, o Piauí na Segunda Guerra Mundial, o Piauí na Guerra dos Canudos, Pequena História do Piauí, Lições de Geografia do Piauí. Em seus discursos e conferências, o Piauí sempre surgiu como personagem protagonista, cujos indicadores sociais e econômicos eram pronunciados com rigor e riqueza de conhecimento. Assim como em Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa, que elege sua aldeia como lugar ideal, o Piauí de José Camillo Filho, de certo modo, é uma espécie de espelho a refletir o mundo exterior, o mundo cosmopolita", disse.
- Foto: Divulgação/AscomCharles da Silveira
Nesta obra em especial, segundo Charles da Silveira, José Camillo Filho chama a atenção do leitor para a importância de se preservar a memória histórica do Piauí, principalmente ressaltando os personagens que compõem essa história, possibilitando às gerações futuras conhecerem seu passado.
Também na oportunidade foi prestada uma homenagem ao poeta Júlio Romão, que completaria 100 anos no próximo dia 22. De sua autoria, "Índios e Afrodescendentes" foi apresentada pelo jornalista e imortal Zózimo Tavares e prefaciada pelo presidente da APL, Nelson Nery Costa. "A Academia Piauiense de Letras presta uma justa homenagem à memória de Júlio Romão da Silva na passagem dos 100 anos do seu nascimento. É uma homenagem que se engrandece porque se faz juntamente com os membros da nossa Academia. Júlio Romão era dos acadêmicos mais queridos e festejados da Casa de Lucídio Freitas. Tínhamos o compromisso de comemorarmos juntos os centenários dele e da Academia. Mas Júlio Romão não ficou para a festa, nos deixou há quatro anos", disse Zózimo Tavares.
A solenidade de lançamento dessas três obras contou com a presença do prefeito Firmino Filho, do reitor da UFPI, Arimateia Dantas Lopes, do presidente da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves, Luis Carlos Martins Alves, de imortais da Academia Piauiense de Letras, amigos e parentes dos homenageados.
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