O promotor de Justiça, Benigno Filho, emitiu parecer pedindo a pronúncia do operador de caixa, José Laerte de Carvalho Alves, para que seja submetido a julgamento pelo Tribunal Popular do Júri pelo crime de homicídio qualificado contra Tiara Pereira Lima. O parecer do representante do Ministério Público é de 28 de setembro deste ano que também pediu a pronúncia de Francisco Vinicius Lemos Bezerra pela participação no crime.
Tiara morreu, em 27 de fevereiro de 2015, uma semana depois de ser alvejada com quatro tiros pelo ex-marido José Laerte, no bairro Vila Bandeirantes I, zona leste de Teresina.
Segundo os autos, José Laerte matou Tiara por não aceitar o fim do relacionamento e nem que jovem se relacionasse com outras pessoas.
A mãe da jovem, Maria do Céu, relatou como tudo aconteceu. Segundo ela, a vítima estava sentada na banca de espetinho quando Laerte chegou descendo da motocicleta pilotada por Francisco Vinicius e sacando a arma indo em direção à Tiara, que desesperadamente, correu para o interior de sua residência e trancou o portão.
Inconformado, José Laerte bateu violentamente o portão enquanto a mãe de Tiara implorou para que ele não matasse a filha. Ainda de acordo com Maria do Céu, José Laerte já estava desistindo da ação, quando Francisco Vinicius o avisou que Tiara havia pulado o muro. O acusado então correu atrás de Tiara e efetuou seis disparos. Quatro tiros atingiram a jovem que morreu uma semana depois no Hospital de Urgência de Teresina.
Após a ação, José Laerte fugiu na garupa da motocicleta conduzida por Francisco Vinicius.
Durante audiência, José Laerte confessou a autoria do crime, mas disse que não o fez de forma premeditada. Ele também negou a participação de Francisco Vinicius no crime.
Porém, testemunhas relataram que o acusado desceu da motocicleta sacando a arma de fogo e perseguindo a vítima.
De acordo com o promotor, Francisco Vinicius participou do homicídio, uma vez que conduziu José Laerte ao local, mostrou que a vítima estava fugindo e depois deu fuga ao agressor.
Já Francisco Vinicius negou envolvimento e alegou que não sabia do crime e que não guiou José Laerte durante a fuga.
Por fim, o promotor solicitou a retirada da tornozeleira eletrônica de José Laerte em razão da desnecessidade de manutenção da medida.
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