Durante a sessão desta terça-feira (28), na Câmara Municipal de Teresina, o vereador Dr. Lázaro Carvalho (PPS), alertou na tribuna, sobre a situação das Unidades Básicas de Saúde (UBS) na cidade de Teresina. O parlamentar evidenciou problemas encontrados em algumas unidades após realizar visitas e alertou para a intensificação e aperfeiçoamento dos programas de atenção básica à saúde para famílias, colocando também em pauta, a “classificação de risco”.
O parlamentar mostrou a situação a qual pacientes relataram que vivenciam nesses espaços de atendimento. Dr. Lázaro afirmou que ao conversar com pacientes, descobriu que muitos chegam para ser atendidos, durante a madrugada, em horários de grande vulnerabilidade social, o que segundo ele, é muito perigoso.
Ainda de acordo com o parlamentar, os pacientes ficam esperando até as 6h da manhã, horário que os portões são abertos. Dr. Lázaro lembrou também que havia uma promessa [do poder público] para que não fosse necessário que essas pessoas se deslocassem até as unidades de saúde nesse horário, pois seriam atendidas as necessidades da comunidade, mas que não é o que está acontecendo.
- Foto: Divulgação/AscomDr. Lázaro
“Recebi depoimentos nessas unidades, de pessoas que estariam vendendo sua vaga de atendimento, e que viviam daquilo. Uma senhora relatou que conseguiu um encaminhamento para cirurgia após ajuda de um candidato a vereador. São coisas que nós escutamos, mas não conseguimos aceitar. O atendimento na saúde tem que ser eficiente de forma que atenda a necessidade de todos, e não de forma que sejam necessários meios ‘tortos’ para ter atendimento”, explicou Lázaro.
“Como já disse, são coisas que acontecem que são inaceitáveis, estamos plantando nessas pessoas a semente da corrupção, de entender que o poder público não funciona e não é organizado, não é adequado e que é assim que sempre vai ser. Isso não é verdade”, declarou o vereador.
Sobre a prioridade de atendimentos, a chamada “classificação de risco”, Dr. Lázaro explicou que o procedimento deve ser adotado de forma efetiva nas unidades de saúde. “Isso deve ser definido com base na gravidade dos pacientes, dentro de uma classificação que o médico deve colocar. Os agendamentos de consultas, devem ser definidos de acordo com a gravidade dos casos, dos mais urgentes para os menos urgentes, classificados em: alta, média e baixa prioridade”, finalizou.
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