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Teresina - Piauí

Pai diz que tinha esperança de encontrar Camilla Abreu com vida

“Ainda tinha esperança de encontrar ela viva, mas agora acabou. Eu quero justiça, cadeia num vagabundo desse”, disse o pai após o corpo da jovem ter sido encontrado.

O pai de Camilla, Jean Carlos Rodrigues, acompanhou a remoção do corpo da estudante, que foi localizado em um matagal próximo a uma estrada vicinal, no povoado Mucuim, entre Teresina e Altos, na tarde desta terça-feira (31). O namorado da jovem, o capitão da Polícia Militar, Allison Wattson foi preso e confessou o crime.

Questionado sobre o que está sentindo, Jean respondeu: “Revolta né? Dela ter se misturado com um vagabundo desses fardado de polícia. Não tenho nem palavras”, declarou.


  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1Jean Carlos RodriguesJean Carlos Rodrigues

“Ainda tinha esperança de encontrar ela viva, mas agora acabou. Eu quero justiça, cadeia num vagabundo desse”, disse o pai após o corpo da jovem ter sido encontrado.

Jean lembrou ainda que chegou a alertar a filha sobre o namoro: “Avisei muito pra ela. Um pai quando vê, avisa. Fiquei sabendo [das agressões] depois. Se eu soubesse antes, não tinha aceitado. Eu tinha dado um jeito de tirar ela dele de uma forma ou de outra”.

Ele também falou sobre como era o comportamento do policial: “Era normal. Eu olhava e não gostava. Depois eu fui analisar o histórico dele e vi que ele era violento. Uma vez ele atirou em um rapaz só porque ele cumprimentou minha filha, deu um beijo de um lado e do outro”, contou.

“Desde o começo [desconfiei dele]! Ele era pra ser a primeira pessoa a estar nas buscas. Por que ele se escondeu? Ela sumiu na quinta-feira e a gente pensou que ela estivesse na casa dele. Ninguém imaginava que ele tivesse matado ela. Tanto que ele faltou o serviço na quinta, entregou a arma dele na quinta. Essa hora era pra ter prendido ele. Não sei por que não prenderam ele”, questionou.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1Pai de Camilla Abreu no local do crimePai de Camilla Abreu no local do crime

O pai de Camilla relatou que o policial costumava passar em frente à casa da estudante quando estava trabalhando: “Verdade! Falaram que quando ele estava de serviço ele ficava passando na rua, ele tinha muito ciúme dela. Passava a ser doença”.

Entenda o caso

A estudante de direito, Camilla Abreu, desapareceu na última quinta-feira (26). Ela foi vista pela última vez em um bar no bairro Morada do Sol, na zona leste de Teresina, acompanhada do namorado e capitão da PM, Allisson Wattson. Após o desaparecimento, o capitão ficou incomunicável durante dois dias, retornando apenas na sexta-feira (27) e afirmou não saber do paradeiro da jovem.

  • Foto: Facebook/Camilla Abreu e Allisson Wattson Camilla Abreu e Allisson Wattson Camilla Abreu e Allisson Wattson

A Delegacia de Homicídios, coordenada pelo delegado Barêtta, assumiu as investigações.

O capitão foi visto, na manhã do último sábado (28), em um posto de lavagem às margens do Rio Parnaíba, a fim de lavar seu carro sujo de sangue. Allisson disse ao lavador de carros que o sangue era decorrente de pessoas acidentadas que ele havia socorrido.

Na tentativa de ocultar as provas do crime, o capitão trocou o estofado do veículo e tentou vendê-lo na cidade de Campo Maior, mas não conseguiu pelo forte cheiro de sangue que permanecia no carro.

Durante investigação, a polícia quis periciar o carro, mas Allisson disse ter vendido o veículo, mas não lembrava para quem.

No início da manhã desta terça-feira (31), o delegado Francisco Costa, o Barêtta, confirmou a morte da jovem.

Na tarde desta terça-feira (31), Allisson foi preso e indicou onde estava o corpo da estudante.

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