A Polícia Civil divulgou na manhã desta quinta-feira (26), os resultados da operação "Cash", que teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada em roubo a instituições financeiras na Capital e interior do Piauí. A ação resultou na prisão de mais de 20 pessoas que atuavam nas explosões de caixas eletrônicos, nos últimos dois meses.
A organização criminosa era composta por quatro líderes, responsáveis pelo recrutamento de pessoal. Outras quatro pessoas eram responsáveis pelo transporte do armamento e mais 18 “quadrilheiros” tinham as funções de fazer o levantamento dos locais alvos, armazenamento de armas, pilotos de fuga (dirigir os veículos antes e após as ações), homens de frente (participação direta nas ações – contenção, apoio, perímetro, etc.) e aquisição de veículos.
- Foto: Lucas Dias/GP1Secretário de Segurança Fábio Abreu
“É um balanço altamente positivo, já que conseguimos identificá-los e prendê-los e além disso conseguimos tirar toda a estrutura deles, que era armamentos, meios de transportes, explosivos e tudo que eles usavam nas ações. Eles atuaram mais fortemente nos meses de outubro e novembro. No total, são 26 pessoas que tem envolvimento com esses estouros, 21 delas foram presas”, explicou o secretario de Segurança Pùblica do Piauí, capitão Fábio Abreu, ao GP1.
De acordo com o delegado geral da Polícia Civil, Riedel Batista, os criminosos tiveram treinamento com pessoas de fora do estado para aprender a fabricar os explosivos de forma artesanal. “Esses elementos já vinham praticando vários crimes na capital, como roubo, furto, tráfico, e essa questão da atuação em estouros a caixas eletrônicos foi mais uma forma de ganharem dinheiro dentro dessa modalidade”, relatou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Delegado Riedel Batista
"Nós apreendemos mais de 30 armas de fogo, quase 12 fuzis, muita munição e os materiais que eles usavam como, por exemplo, furadeiras e pregos. Essas armas vem de fora, até mesmo de outros países que são contrabandeadas, e armas menores que são roubadas de vigilantes e policiais”, finalizou.
Segundo o delegado Gustavo Jung, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), três quadrilhas atuavam no Estado desde o início do ano de 2016. “Nós temos três quadrilhas especializadas a furto/roubo a instituições financeiras. A primeira quadrilha, essa mais numerosa, é especialista em caixas eletrônicos. Nós temos 15 eventos no qual estamos investigando a participação dessa quadrilha. Sendo que, abrange quatro cidades: Picos, Teresina, Luís Correia e Parnaíba. Nós temos outra quadrilha que foi localizada em um sitio em José de Freitas, dois vieram a óbito e dois foram presos. Essas atuaram em um carro forte de Altos a Campo Maior em dezembro do ano passado, o carro-forte da Prossegur entre Caxias e Coelho Neto, no Maranhão e também o Bradesco de Demerval Lobão. Temos a terceira quadrilha que foi apresentada também, responsável pelo Banco do Brasil de Altos. Acreditamos que desde o começo do ano passado até janeiro desse ano essas quadrilhas atuavam aqui no nosso Estado”, relatou o delegado.
- Foto: Lucas Dias/GP1Delegado Gustavo Jung
Presos e suas funções
- Foto: Divulgação/SSP-PiMembros da quadrilha
Líderes da quadrilha: “Marcelo Negão”, “Rafael Bicuto”, “Índio” e Alan Dilson.
Responsáveis pelos armamentos: “Javeleta”, Kaique, “John John” e “Raimundinho Taxista”.
Transporte de armas: “Luquinhas”, Juciane e Ana Paula.
Homens de “frente” e pilotos de fuga: “Xexeu”, Clessio “Maguin”, “Filho” e “Paulista”.
Implantação dos explosivos: Francisco Rayan e Nathan.
Levantamentos: Marcio (“Leo Estilo”) e Vinicius.
Apoio: Renato “Magrão”, Reinaldo, José Ribamar, Francisco Carlos, Vicente, Luís Carlos e “João Cão”.
*Com informações do repórter Carlos Gaeth
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