O Ministério Público Federal instaurou inquérito civil para investigar irregularidades cometidas pelo prefeito de Redenção do Gurguéia, Delano Parente. A portaria de abertura da investigação, que teve como base notícia de fato apresentada ao MPF, foi assinada pelo procurador Marco Aurélio Adão no dia 25 de novembro.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Ministério Público Federal no Piauí
O inquérito visa apurar irregularidades identificadas na “Operação Déspota” do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em obras, licitações e contratos, envolvendo recursos públicos federais de convênios, do SUS, Fundeb e FNDE, nos anos de 2013 a 2016, pela administração do Município de Redenção do Gurguéia, gestão do prefeito Delano Parente.
Fundamentado no Termo de Cooperação firmado entre o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Estado do Piauí, o procurador solicitou que a Gaeco apresente informações e provas colhidas na Operação Déspota com vista a subsidiar as providências cabíveis a cargo do MPF.
Prisão
Delano Parente foi preso no dia 14 de julho deste ano durante a Operação Déspota, realizada pela Gaeco, em conjunto com a Polícia Civil, a Polícia Militar, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a Controladoria Geral da União (CGU).
Ele foi acusado da prática de atos de improbidade administrativa, associação criminosa, crimes contra as licitações, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e por porte ilegal de arma (flagrante).
Soltura
No dia 10 de agosto, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) concedeu habeas corpus ao prefeito de Redenção do Gurgueia.
Eleições
Após conquistar a liberdade e ter o registro de candidatura deferido pelo Tribunal Regional Eleitoral, Delano voltou ao município de Redenção do Gurguéia para disputar a reeleição. Ele foi derrotado por Angelo José Sena Santos, mais conhecido como Dr. Macaxeira (PHS), que obteve 62,62%. Delano Parente ficou em segundo lugar com 31,05%.
Supremo Tribunal de Justiça
Cerca de uma semana após perder a eleição, Delano Parente foi novamente preso pela Gaeco, no dia 11 de outubro, após o STJ derrubar a decisão liminar que garantia a liberdade do prefeito.
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