Instrumento da família das cordas com formato de pêra, o bandolim faz parte da tradição cultural da cidade de Oeiras, município a 271 km de Teresina. A Escola de Bandolins, que ganhou o nome de “Dona Petinha”, foi aberta oficialmente neste sábado (19) dentro da programação do XI Festival de Cultura de Oeiras. As aulas vão acontecer no Sobrado Major Selemérico, que agora funciona também como casa de cultura.
- Foto: Divulgação/AscomEscola de Bandolins
O Sobrado Major Selemérico foi reaberto em maio deste ano após ampla reforma e modernização e possui salas apropriadas para o início das aulas. A entrega simbólica dos bandolins foi feita pelo secretário estadual de Cultura, Fábio Novo, a seis crianças que já faziam oficinas nas escolas. Vinte novos instrumentos foram entregues aos alunos para garantir o início das aulas.
“Nós estamos plantando sementes e preservando essa tradição que de modo algum deve morrer em Oeiras. Assim como acontece em Bom Jesus com a rabeca, o intuito é perpetuar essa tradição. Entregamos no início do ano o Major Selemérico que agora vai funcionar completamente com a escola”, ressaltou Fábio Novo.
Algumas oficinas já funcionavam em escolas municipais. Agora as aulas serão ministradas permanentemente na nova escola de bandolins. O ministrante das aulas, Herbert Vinícius, aprendeu a tocar o instrumento com a veterana dona Petinha, que fez questão de participar da cerimônia de entrega. Com apenas 24 anos o professor já dá aulas a crianças e participa também da Orquestra Renascença II, que une pessoas de todas das idades.
“Eu costumo dizer que os bandolins são um elo que liga Oeiras a Portugal. A principal característica dos nossos bandolins é esse toque lusitano, um som muito semelhante ao de Portugal. É uma honra muito grande dar continuidade a uma tradição secular da cidade”, conta o professor Herbert Vinicius.
O Sobrado Major Selemérico ganhou restauração e modernização na sua estrutura, e além das salas de aula também conta com a galeria dos governadores, com móveis de época utilizados pelo Visconde da Parnaíba e que foram restaurados pela Secretaria Estadual de Cultura. O local apresenta também dois memoriais, um deles em homenagem a Possidônio Queiroz, músico oeirense que compôs grandes valsas e o outro homenageia Esperança Garcia.
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