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Arcoverde - Pernambuco

Promotoria denuncia PM e ex-PM por morte de adolescente em SP

O adolescente de 15 anos que foi sequestrado e assassinado com dois tiros na cabeça na madrugada do dia 14 de junho, na Vila Clara, zona sul de São Paulo.

O Ministério Público de São Paulo denunciou nesta sexta, 14, o PM Adriano Fernandes de Campos e o ex-PM Gilberto Eric Rodrigues pela morte de Guilherme Silva Guedes, adolescente de 15 anos que foi sequestrado e assassinado com dois tiros na cabeça na madrugada do dia 14 de junho, na Vila Clara, zona sul de São Paulo.

Guilherme foi levado enquanto conversava com outro rapaz perto da casa da avó, onde morava. O corpo foi encontrado a cerca de seis quilômetros de distância, em Diadema, no dia seguinte. O laudo necroscópico indica que o adolescente levou um tiro na nuca e, ao cair no chão, foi alvo de mais um disparo no rosto.

Na denúncia, a Promotoria do I Tribunal do Júri narra que na noite do dia 13 de junho alguns jovens entraram no canteiro de obras da Globalsan Saneamento e Construções, tendo o PM Campos, responsável pela empresa de segurança Campos Forte Portarias, contratada pela Globalsan, ido até o local juntamente com Rodrigues, foragido do Presídio Romão Gomes.

O MP-SP diz que a dupla deixou o veículo em que estavam no canteiro de obras e saíram a pé para localizar aqueles que teriam entrado no local. No entanto, acabaram abordando o adolescente Guilherme Silva Guedes, que havia saído de casa pouco tempo antes e não tinha relação com a invasão à obra. O adolescente foi dominado e levado a uma travessa, onde foi executado a tiros.

"O crime foi cometido por motivo torpe, pois agiram os denunciados para se vingar dos invasores, sequestrando e matando o primeiro garoto que viram pela frente, para que servisse de exemplo", diz o promotor Neudival Mascarenhas Filho na denúncia

Segundo a Promotoria, também nesta sexta, 14, o promotor Neudival e o secretário especial de Políticas Criminais, Arthur Lemos Júnior, receberam uma comissão composta por familiares de Guilherme e por integrantes da Rede de Proteção e Resistência ao Genocídio. A entidade protocolou um documento pedindo a responsabilização das empresas envolvidas no crime.


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