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Arcoverde - Pernambuco

Atriz Camila Pitanga e filha são diagnosticadas com malária

Por causa dos sintomas, a atriz suspeitou que estava com covid-19 e se submetei ao teste para a doença, mas o resultado foi negativo.

A atriz Camila Pitanga, da Rede Globo, usou as redes sociais nesta segunda-feira (10) para revelar que ela e a filha, de 12 anos, tiveram diagnóstico positivo para a malária. Camila contou que foram 10 dias sentindo febre alta e calafrios.

Por causa dos sintomas, a atriz suspeitou que estava com covid-19 e se submeteu ao teste da doença, mas o resultado foi negativo. “Havia a sombra da possibilidade de estar com covid-19. Somente no domingo recebi o resultado negativo do meu PCR. Mas no lugar de me aliviar, permanecia a agonia pois eu não fazia ideia do que eu poderia ter”, relatou.


  • Foto: Reprodução/InstagramCamila Pitanga e a filha AntôniaCamila Pitanga e a filha Antônia

Ela então conversou com infectologistas e foi encaminhada ao Hospital das Clinicas da Universidade de São Paulo (USP). No local, a atriz e a filha realizaram alguns exames e souberam que estavam com malária. “Bom, os resultados dos exames saíram dando positivo para malária. Eu e minha filha. Uma doença que ainda existe, é curável, mas precisa de cuidados", contou a atriz em um texto compartilhado nas redes sociais.

Confira o texto completo

Foram 10 dias de muito sufoco. Entre picos de febre alta, calafrios e total incerteza. Havia a sombra da possibilidade de estar com covid-19. Somente no domingo recebi o resultado negativo do meu PCR. Mas no lugar de me aliviar, permanecia a agonia pois eu não fazia ideia do que eu poderia ter. Estava à deriva.

Pois bem, uma amiga minha suspeitou que esses picos de febre associados ao fato de estar em isolamento social numa zona de Mata Atlântica no litoral de SP, podia ser malária. Fui indicada a conversar com dois infectologistas. Os dois extremamente generosos em falar comigo num domingo já de noite. Dr Luiz Fernando Aranha e o Dr André Machado. Agradeço ao último pelas orientações que me levaram ao Hospital das Clínicas da USP.

Uma vez que a suspeita era malária, doença muito rara, não há melhor lugar para você ser tratado do que a rede SUS, local de referência e excelência para doenças endêmicas. No HC, fui prontamente atendida por uma mulherada. Sim, uma equipe 100% de mulheres fantásticas do laboratório da Sucen. Faço questão de dar seus nomes: Drª Ana Marli Sartori, Drª Silvia Maria di Santi, Drª Dida costa, Drª Simone Gregorio, Drª Renata oliveira e tão importantes quanto, as agentes de saúde Cida Kikuchi e Gildete Santos. Todas foram extremamente profissionais, eficientes e gentis.

Bom, os resultados dos exames sairam dando positivo para malária. Eu e minha filha. Uma doença que ainda existe, é curável, mas precisa de cuidados. O tratamento é gratuito.
Faço cá meus votos de gratidão a todas e todos agentes de saúde, que além de estarem na trincheira nessa luta contra a covid-19, estão aí atendendo inúmeras outras demandas com seu profissionalismo em meio a condições e incertezas muito grandes.

É de suma importância valorizar a existência desse sistema de saúde que cuida de tanta gente, principalmente dos que não tem condições de pagar um plano de saúde. Estamos num país onde uma doença matou mais de 100 mil pessoas em poucos meses. Esse número poderia ser o triplo ou mais se não fosse o SUS. A catástrofe seria ainda maior.
Muito obrigada e parabéns a todas e todos os profissionais de saúde desse país!!!

O que é malária?

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles.

Toda pessoa pode contrair a malária. Indivíduos que tiveram vários episódios de malária podem atingir um estado de imunidade parcial, apresentando poucos ou mesmo nenhum sintoma. Porém, uma imunidade esterilizante, que confere total proteção clínica, até hoje não foi observada. Caso não seja tratado adequadamente, o indivíduo pode ser fonte de infecção por meses ou anos, de acordo com a espécie parasitária.

No Brasil, a maioria dos casos de malária se concentra na região Amazônica, composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Na região extra-Amazônica, composta pelas demais unidades federativas e o Distrito Federal, apesar das poucas notificações, a doença não pode ser negligenciada, pois se observa uma alta letalidade.

Sintomas

Os sintomas mais comuns da malária são: febre alta; calafrios; tremores; sudorese; dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica. Muitas pessoas, antes de apresentarem estas manifestações mais características, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.

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