Fechar
GP1

Belém - Pará

Professor pergunta se aluna prefere ser estuprada no seco ou com lubrificante no Pará

A fala do docente durante aula sobre procedimento de intubação em pacientes causou revolta entre alunos.

Um vídeo que circula nas redes sociais causou revolta, na noite desta quinta-feira (25). Mas imagens, um professor de medicina pergunta a uma auluna durante uma aula prática, se ela gostaria de usar lubrificante quando fosse estuprada ou se escolheria “no seco”. O caso ocorreu no Centro Universitário Metropolitano da Amazônia (Unifamaz), em Belém, no Pará.

O caso aconteceu no dia 17 de novembro, entretanto o trecho do vídeo só repercutiu nas redes sociais nessa quinta-feira (25). A Polícia Civil informou nesta sexta-feira (26) que está investigando o caso como importunação sexual e o Conselho de Medicina iniciou um processo administrativo.


Foto: Reprodução/YoutubeVídeo mostra professor dizendo a aluna: quando você for estuprada vai ser “no seco?”
Vídeo mostra professor dizendo a aluna: quando você for estuprada vai ser “no seco?”

A declaração por parte do professor foi feita enquanto a estudante, que não quis se identificar, treinava em uma aula prática sobre a técnica de intubação no centro universitário. O docente havia questionado se ela passou lubrificante no material antes de introduzir pela boca do boneco. E ela informou que não.

"Quero ver se quando a senhora for estuprada vai querer levar o KY [marca de gel lubrificante íntimo] para facilitar a vida ou vai preferir no seco mesmo", afirmou.

Um boletim de ocorrência foi registrado e a investigação está na Divisão Especializada no Atendimento à Mulher. A polícia não comunicou se já ouviu alguma testemunha. Já o Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará (CRM-PA) noticiou que “efetivou medidas legais previstas, instaurando o competente procedimento administrativo”.

Após a grande reprodução das imagens, o Centro Universitário Metropolitano da Amazônia (Unifamaz), onde a aula era ministrada, se pronunciou através de nota oficial no Instagram. O centro informou que “refuta com veemência qualquer atitude que viole o bem-estar da comunidade acadêmica e reforça seu compromisso com a formação de cidadãos éticos, portanto, repudia qualquer tipo de ato de assédio contra a mulher ou contra qualquer ser humano”.

Além disso, eles reiteram que o professor envolvido no ato desrespeitoso, não fará mais parte do grupo docente da instituição. “A Reitoria do UNIFAMAZ informa que o docente envolvido no caso, a contar da presente data, não fará mais parte do corpo docente desta Instituição de Ensino Superior”.

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.