Um vídeo que circula nas redes sociais causou revolta, na noite desta quinta-feira (25). Mas imagens, um professor de medicina pergunta a uma auluna durante uma aula prática, se ela gostaria de usar lubrificante quando fosse estuprada ou se escolheria “no seco”. O caso ocorreu no Centro Universitário Metropolitano da Amazônia (Unifamaz), em Belém, no Pará.
O caso aconteceu no dia 17 de novembro, entretanto o trecho do vídeo só repercutiu nas redes sociais nessa quinta-feira (25). A Polícia Civil informou nesta sexta-feira (26) que está investigando o caso como importunação sexual e o Conselho de Medicina iniciou um processo administrativo.
A declaração por parte do professor foi feita enquanto a estudante, que não quis se identificar, treinava em uma aula prática sobre a técnica de intubação no centro universitário. O docente havia questionado se ela passou lubrificante no material antes de introduzir pela boca do boneco. E ela informou que não.
"Quero ver se quando a senhora for estuprada vai querer levar o KY [marca de gel lubrificante íntimo] para facilitar a vida ou vai preferir no seco mesmo", afirmou.
Apaguei p video anterior, a pedidos, para borrar a imagem da vítima!
— TANTO (@tantotupiassu) November 26, 2021
NÃO CONSIGO ACREDITAR!!
Que um professor de medicina fale ALGO SEMELHANTE!
“QUANDO VOCÊ FOR ESTUPRADA, VAI LEVAR O TUBINHOS DE KY OU VAI PREFERIR NO SECO MESMO?”
ABSURDO! NOJENTO! pic.twitter.com/EoQx9DDdiG
Um boletim de ocorrência foi registrado e a investigação está na Divisão Especializada no Atendimento à Mulher. A polícia não comunicou se já ouviu alguma testemunha. Já o Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará (CRM-PA) noticiou que “efetivou medidas legais previstas, instaurando o competente procedimento administrativo”.
Após a grande reprodução das imagens, o Centro Universitário Metropolitano da Amazônia (Unifamaz), onde a aula era ministrada, se pronunciou através de nota oficial no Instagram. O centro informou que “refuta com veemência qualquer atitude que viole o bem-estar da comunidade acadêmica e reforça seu compromisso com a formação de cidadãos éticos, portanto, repudia qualquer tipo de ato de assédio contra a mulher ou contra qualquer ser humano”.
Além disso, eles reiteram que o professor envolvido no ato desrespeitoso, não fará mais parte do grupo docente da instituição. “A Reitoria do UNIFAMAZ informa que o docente envolvido no caso, a contar da presente data, não fará mais parte do corpo docente desta Instituição de Ensino Superior”.
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