O governador Wellington Dias (PT), por meio de seu Twitter, contradisse o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e afirmou nesta quarta-feira (21) que o compromisso feito com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, foi de comprar a vacina produzida no Brasil, por meio da Fiocruz e do Instituto Butantan.
O presidente negou hoje que o Brasil vá comprar a vacina produzida na China e destacou que a aplicação não será obrigatória. Já o chefe do executivo piauiense, disse que a saúde do povo vem em primeiro lugar e que a única saída para recuperar a economia é a vacinação.
O compromisso assumido ontem, em reunião dos governadores com o Ministro da Saúde, foi de comprar vacina produzida no Brasil, da FIOCRUZ e do Instituto Butantan, produção brasileira. A saúde do povo tem que estar em primeiro lugar!
— Wellington Dias (@wdiaspi) October 21, 2020
A saída da crise econômica, que permite recuperar empregos e trabalhar soluções para a calamidade social, é a vacina. Compromisso do Ministro Pazuello que selou entendimento com todos os Estados e Municípios. Foi claro, comprar da Fiocruz e Butantan!
— Wellington Dias (@wdiaspi) October 21, 2020
Entenda o caso
O presidente Jair Messias Bolsonaro desautorizou o Ministério da Saúde de comprar 46 milhões de doses da CoronaVac. A vacina contra a covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, é desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou na última terça-feira (20), durante reunião com os 27 governadores que assinou o protocolo para adquirir as doses. As vacinas iriam reforçar a estratégia de imunização, que já conta com 140 milhões de doses da Covax Faciluty e AstraZeneca.
Nas redes sociais o presidente Jair Bolsonaro respondeu seguidores informando que as vacinas oriundas de laboratórios chineses não serão compradas. Os internautas questionavam a eficácia da vacina alegando a “ditadura chinesa”. “Qualquer coisa publicada, sem qualquer comprovação, vira traição”, escreveu o presidente. Respondendo outro internauta, o presidente reiterou: “não será comprada”.
Coronavac
A vacina está na terceira e última fase de testes e conforme as autoridades paulistas, 35% dos 9 mil voluntários tiveram reações leves e com nenhum efeito colateral grave durante os testes. O presidente do Instituto de Butantan, Dimas Covas, disse que essa “é a vacina mais segura, no momento. Não no Brasil. No mundo”.
Vacinação iria começar em janeiro
Após reunião com o ministro Pazuello, o governador Wellington Dias (PT) informou que a imunização iria iniciar em janeiro no Piauí. “Queremos iniciar a imunização contra o novo coronavírus em meados de janeiro e eu considero esse encontro um momento histórico para o nosso país. Vamos vencer juntos”, disse.
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