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Veja lista de servidores e empresários presos na Operação Natureza

Ao todo foram expedidos pela juíza Júnia Maria Feitosa Bezerra Fialho, titular da 4ª Vara Criminal de Teresina, 10 mandados de busca e apreensão e 7 mandados de prisão temporária.

Facebook/Tiago Junqueira 1 / 9 Empresário Tiago Junqueira Empresário Tiago Junqueira
Lucas Dias/GP1 2 / 9 Superintendente da Semar, Carlos Moura Fé Superintendente da Semar, Carlos Moura Fé
Facebook/César Moura Fé 3 / 9 Empresário César Moura Fé Empresário César Moura Fé
Facebook/Fabrício Napoleão 4 / 9 Auditor Fabrício Napoleão Auditor Fabrício Napoleão
Facebook/Danielle Melo 5 / 9 Auditora Daniele Melo Vieira Auditora Daniele Melo Vieira
Brunno Suênio/GP1 6 / 9 Coletiva de imprensa com a delegada Rejane Piauilino, Riedel Batista e Willame Moraes Coletiva de imprensa com a delegada Rejane Piauilino, Riedel Batista e Willame Moraes
Brunno Suênio/GP1 7 / 9 Delegada Rejane Piauilino Delegada Rejane Piauilino
Brunno Suênio/GP1 8 / 9 Delegado Riedel Batista Delegado Riedel Batista
Brunno Suênio/GP1 9 / 9 Delegado Willame Moraes Delegado Willame Moraes

Em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (30), a Polícia Civil divulgou os nomes dos sete presos na operação “Natureza” contra esquema de corrupção e desvio de recursos públicos na secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Piauí (Semar). A operação foi comandada pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco).

Foram presos: o superintendente da Semar, Carlos Antônio Moura Fé, os servidores públicos Fabrício Napoleão Andrade e Daniele Melo Vieira que são auditores ambientais, os empresários César Luis Barros Martírios Moura Fé, Tiago Maximiano Junqueira, Carlos Alberto do Prado Tenório e Ivoneta Gontijo dos Santos.


A delegada Rejane Piauilino afirmou se trata de “uma associação criminosa porque não se tem um chefe. Na associação se tem várias pessoas envolvidas para cometer determinado crime. O que se sabe é que os servidores eram procurados porque os empresários têm que ter uma licença ambiental para poder desenvolver o ramo de atividade deles. No caso da Ivoneta o ramo era da carvoaria, então ela precisa da licença ambiental. O Tiago é um grande empresário e tem várias fazendas e plantações de eucalipto na região de Regeneração. O Carlos Tenório era responsável técnico e consultor de algumas empresas. O César Moura Fé era amigo de uma servidora da Semar que trabalhou para ele e assim tinha contato direto para facilitar o que ele precisava. Existem outras pessoas investigadas e nessa primeira fase vamos coletar o máximo de documentos. E na segunda fase vamos apurar outros envolvidos”, afirmou.

Ao todo foram expedidos pela juíza Júnia Maria Feitosa Bezerra Fialho, titular da 4ª Vara Criminal de Teresina, 10 mandados de busca e apreensão e 7 mandados de prisão temporária para serem cumpridos nas cidades de Teresina, Regeneração, Guadalupe e em Brasília no Distrito Federal.

A operação foi deflagrada com base em uma investigação iniciada em 2015, após a Polícia Federal receber informações sobre um esquema de corrupção na Semar. Como era um caso de competência para a polícia estadual, as informações foram repassadas para o Greco, que encontrou vários ilícitos praticados por servidores da secretaria que teriam desviado recursos públicos na emissão de licenças ambientais de forma irregular, uso irregular de bens, dentre outras irregularidades. Tudo isso com a participação de empresários. A polícia estima que as irregularidades ocorrem desde 2012 e que o prejuízo é de R$ 3.129.236,04 milhões.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Operação da Polícia Civil Operação da Polícia Civil

“Há uma demora natural na apuração dos fatos, isso devido aos fatos complexos que demandam muita análise de dados, acompanhamentos também, e temos uma vasta quantidade de provas. A operação demandou muito tempo e esforço. Hoje estamos apresentando os resultados. Na operação a gente sabe como iniciar, mas não sabemos como vai terminar. É uma investigação onde infelizmente temos servidores públicos envolvidos que vinham praticando crimes, vendendo facilidades, principalmente relacionadas a licenças ambientais em várias situações. Essas facilidades eram oferecidas e em contrapartida existia o pagamento. Foi feito quebra de sigila bancário, fiscal, monitoramento, e todas essas provas estão no inquérito policial, onde algumas peças estão em sigilo e outras nós podemos divulgar”, explicou o delegado geral Riedel Batista.

A delegada Rejane Piauilino destacou a importância da operação. “Não podemos divulgar o que foi investigado, porque ainda está em sigilo e somente o poder judiciário poderá autorizar. Em relação as buscas, nós ainda estamos fazendo, pois nessa operação o objetivo maior é coletar mais provas. Então fizemos buscas em várias empresas, que de acordo com a nossa investigação, entendemos que seria importante apreender a documentação para posteriormente analisar”, explicou.

Ela destacou a participação dos acusados. “Os crimes são de corrupção ativa e passiva e advocacia administrativa. O que nós verificamos é que alguns empresários tinham acesso a servidores da Semar e teria rolado propina em troca de licenciamentos ambientais e outros documentos. Algumas empresas que nós investigamos são de proprietários de carvoarias, de plantação de eucalipto e várias outras. O que verificamos é que era facilitado todo o projeto. Então só vamos divulgar posteriormente mais as informações, quando analisarmos a documentação [apreendida]. A prisão temporária é justamente para que a gente possa investigar. A gente ainda tem mais coisas para serem investigadas”, afirmou a delegada Rejane Piauilino.

A operação contou como o apoio operacional da Diretoria de Inteligência da SSP e Polícia Civil (DINT), Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), Divisão de Operações Especiais (DOE), Delegacia de Repressão a Crimes de Internet (DRCI), Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), 4º Distrito Policial, Polícia Civil do Distrito Federal, 25º Batalhão do Exército Brasileiro e Tribunal de Contas do Estado.

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