O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou que "tudo é negociável" nas discussões sobre o novo regime previdenciário das Forças Armadas. Entretanto, destacou a importância da integralidade e da paridade, afirmando que a categoria, além de ser mal remunerada se comparada a outras carreiras de Estado, também sofre com o "trauma" de uma medida provisória de 2001 (MP 2215/2001) que eliminou benefícios sem uma regra de transição.
"O pessoal mais novo, que está ativa hoje, olha (e pensa) 'será que vamos perder tudo de novo'"?, disse, em entrevista à GloboNews na noite desta quarta-feira, 27.
- Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo
Hamilton Mourão
Ainda de acordo com Mourão, o projeto dos militares vai mexer em cinco leis, como as que estabelecem as promoções de oficiais e praças. "Os militares vão aumentar o tempo de serviço na ativa, haverá um pagamento das pensionistas, dos cadetes, dos soldados que são engajados e não pagam, e vai haver aumento progressivo da alíquota que é descontada hoje para pensão dos militares", acrescentou.
Sobre a reforma geral da Previdência, o vice-presidente afirmou que o governo federal precisa realizar esforços de comunicação para convencer tanto o Legislativo quanto a sociedade da necessidade do projeto. Perguntado se, em prol da reforma da Previdência, o presidente Jair Bolsonaro deveria fazer nova declaração pública de que não pretende disputar uma reeleição, Mourão respondeu: "Vamos ver como ele vai reagir".
NOTÍCIAS RELACIONADAS
Reforma da Previdência é aprovada por 43,4% da população, diz CNT
Bolsonaro faz aceno à oposição em busca de apoio para reforma
Ver todos os comentários | 0 |