A sala que abriga o Diretório Central dos Estudantes – DCE – da Universidade Estadual do Piauí – UESPI – foi arrombada e invadida no último sábado (19) por volta das 11:30h da manhã. O invasor arrombou a porta da sala, derrubou móveis, revirou tudo o que havia no local e ainda apropriou-se de objetos diversos, como canetas, carimbos do DCE com almofadas e tubos de cola.
Além dos objetos acima citados, o invasor apropriou-se também de aproximadamente 520 carteiras estudantis, 450 formulários de solicitação de carteiras, dois cadernos de registro do DCE, dois grampeadores, três carregadores de telefone celular além de vários recibos do DCE.
O diretor do DCE, Herbert Sousa, registrou boletim de ocorrência no 1º Distrito Policial de Teresina. Para ele a ação do advogado foi ilegal e arbitrária e não condizente com o estado democrático de direito.
"O advogado poderia ter buscado os meios legais para se resolver o problema. Ele como advogado sabe que, neste caso específico, poderia ter ajuizado uma ação de despejo na Justiça, no entanto, preferiu partir para a violência contra a instituição DCE, sobretudo contra os estudantes da Uespi, pois assim ele acabou apropriando-se indevidamente dos materiais pertencentes a milhares de estudantes”, denunciou o diretor.
A direção do DCE informou que nesta terça-feira (22) vai ingressar com uma representação no conselho de etica da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB - secção Piauí, contra o advogado Evangelista de Sousa.
Entenda o caso
A sala do DCE está localizada em um espaço alugado no edifício Luís Fortes, situado na Rua Arlindo Nogueira, próximo à Praça do Fripisa, centro de Teresina. O contrato de aluguel celebrado terminou e a direção do DCE pretendia renová-lo. Porém, a dona informou que não renovaria o contrato porque pretendia ceder a sala para o filho dela e exigiu a imediata saída dos ocupantes sem oferecer prazo.
Porém, durante o processo de negociação entre a dona e a direção do DCE, o advogado da locatária, Evangelista de Sousa, invadiu a sala na manhã do último sábado (19) por volta das 11:30h e levou diversos pertences do DCE da UESPI, entre eles 520 carteiras estudantis e 450 formulários de solicitação de carteiras.
O outro lado
O Portal GP1 entrou em contato com o advogado Evangelista de Sousa, que alegou que a invasão foi a única forma de entrar em contato com os integrantes do DCE.
“Essa sala foi alugada para eles através da senhora Adelcina, que é uma corretora que alugava as salas de minha cliente. O DCE pagava o aluguel para a Adelcina para que ela repassasse para a minha cliente. Porém ela não repassava o dinheiro”, explicou o advogado. “Nós informamos então ao diretor do DCE que ela estava fazendo isso. Ele foi comunicado que essa senhora ficava com o dinheiro”, completou Evangelista de Sousa.
“Então eles estão ocupando irregularmente aquela sala desde junho de 2010. A Adelcina não atende mais telefone, ninguém acha mais ela. Já fizemos o pedido de indiciamento dela por estelionato e apropriação indébita, porque ela está ficando com o dinheiro que eles pagam a ela, desde janeiro de 2010, e o pessoal do DCE já foi informado disso várias vezes. Comunicamos inclusive à UESPI sobre o que vem ocorrendo”, disse o advogado que levou as carteiras dos estudantes.
Indagado se ele achava correto resolver a questão invadindo o local e levando os pertences dos estudantes, Evangelista reconhece que não é a forma correta de solucionar o problema. “Foi feito um confisco dos bens dele, como eles não estavam atendendo e nem querendo se encontrar nós fizemos isso para eles aparecerem. Eles não compareciam e estavam se escondendo”, argumentou. “Essa foi a única forma que encontramos para entrar em contato com eles, reconhecemos que foi uma forma arbitraria, mas necessária”, defendeu-se Evangelista.
Sobre o destino dos materiais que pertencem aos estudantes da UESPI e que ele se apropriou quando invadiu a sala do DCE, o advogado disse: “Todo o material só entregaremos mediante a justiça e mediante a saída deles da sala, que está totalmente destruída, não temos recebimento de aluguel há mais de ano, estamos correndo atrás deles há mais de um ano, desde junho de 2010”, finalizou.
Além dos objetos acima citados, o invasor apropriou-se também de aproximadamente 520 carteiras estudantis, 450 formulários de solicitação de carteiras, dois cadernos de registro do DCE, dois grampeadores, três carregadores de telefone celular além de vários recibos do DCE.
O diretor do DCE, Herbert Sousa, registrou boletim de ocorrência no 1º Distrito Policial de Teresina. Para ele a ação do advogado foi ilegal e arbitrária e não condizente com o estado democrático de direito.
Imagem: Reprodução/GP1Boletim de Ocorrência registrado pelo DCE da UESPI
"O advogado poderia ter buscado os meios legais para se resolver o problema. Ele como advogado sabe que, neste caso específico, poderia ter ajuizado uma ação de despejo na Justiça, no entanto, preferiu partir para a violência contra a instituição DCE, sobretudo contra os estudantes da Uespi, pois assim ele acabou apropriando-se indevidamente dos materiais pertencentes a milhares de estudantes”, denunciou o diretor.
A direção do DCE informou que nesta terça-feira (22) vai ingressar com uma representação no conselho de etica da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB - secção Piauí, contra o advogado Evangelista de Sousa.
Entenda o caso
A sala do DCE está localizada em um espaço alugado no edifício Luís Fortes, situado na Rua Arlindo Nogueira, próximo à Praça do Fripisa, centro de Teresina. O contrato de aluguel celebrado terminou e a direção do DCE pretendia renová-lo. Porém, a dona informou que não renovaria o contrato porque pretendia ceder a sala para o filho dela e exigiu a imediata saída dos ocupantes sem oferecer prazo.
Porém, durante o processo de negociação entre a dona e a direção do DCE, o advogado da locatária, Evangelista de Sousa, invadiu a sala na manhã do último sábado (19) por volta das 11:30h e levou diversos pertences do DCE da UESPI, entre eles 520 carteiras estudantis e 450 formulários de solicitação de carteiras.
O outro lado
O Portal GP1 entrou em contato com o advogado Evangelista de Sousa, que alegou que a invasão foi a única forma de entrar em contato com os integrantes do DCE.
“Essa sala foi alugada para eles através da senhora Adelcina, que é uma corretora que alugava as salas de minha cliente. O DCE pagava o aluguel para a Adelcina para que ela repassasse para a minha cliente. Porém ela não repassava o dinheiro”, explicou o advogado. “Nós informamos então ao diretor do DCE que ela estava fazendo isso. Ele foi comunicado que essa senhora ficava com o dinheiro”, completou Evangelista de Sousa.
“Então eles estão ocupando irregularmente aquela sala desde junho de 2010. A Adelcina não atende mais telefone, ninguém acha mais ela. Já fizemos o pedido de indiciamento dela por estelionato e apropriação indébita, porque ela está ficando com o dinheiro que eles pagam a ela, desde janeiro de 2010, e o pessoal do DCE já foi informado disso várias vezes. Comunicamos inclusive à UESPI sobre o que vem ocorrendo”, disse o advogado que levou as carteiras dos estudantes.
Indagado se ele achava correto resolver a questão invadindo o local e levando os pertences dos estudantes, Evangelista reconhece que não é a forma correta de solucionar o problema. “Foi feito um confisco dos bens dele, como eles não estavam atendendo e nem querendo se encontrar nós fizemos isso para eles aparecerem. Eles não compareciam e estavam se escondendo”, argumentou. “Essa foi a única forma que encontramos para entrar em contato com eles, reconhecemos que foi uma forma arbitraria, mas necessária”, defendeu-se Evangelista.
Sobre o destino dos materiais que pertencem aos estudantes da UESPI e que ele se apropriou quando invadiu a sala do DCE, o advogado disse: “Todo o material só entregaremos mediante a justiça e mediante a saída deles da sala, que está totalmente destruída, não temos recebimento de aluguel há mais de ano, estamos correndo atrás deles há mais de um ano, desde junho de 2010”, finalizou.
Ver todos os comentários | 0 |