Na manhã desta quinta-feira (21) aconteceu na sede do Ministério Público do Piauí uma audiência com representantes do Governo do Estado e do Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde e Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do Estado do Piauí (SINDHOSPI) para tentar resolver a questão dos atrasos dos pagamentos do Plamta e IASPI Saúde.
No início da semana o governo apresentou um cronograma de pagamento e o governador Wellington Dias fez um apelo para que as clínicas e hospitais aguardem a regularização até o mês de agosto. O presidente do SINDHOSPI, Jefferson Campelo, no entanto, afirmou que a categoria fez uma contraproposta e deu até o dia 15 de julho para que os pagamentos de fevereiro e março sejam pagos.
“Estamos chegando no final do mês de junho e ainda não recebemos o mês de fevereiro. Então não existe nenhuma empresa que possa se sustentar passando cinco meses sem receber os seus recursos. Isso por si só mostra o grau de dificuldade que as empresas estão passando”, afirmou Jefferson Campelo.
- Foto: Cinara Taumaturgo/GP1Jefferson Campelo, Presidente do SINDHOSPI
“Demos um prazo de 30 dias que se encerra no dia 15 de julho e findado esse prazo, toda a rede credenciada ao IAPEP (IASPI) Saúde e ao Plamta, deixarão de atender. Não é o melhor caminho, entendemos que essa atitude vai penalizar o servidor do estado, mas infelizmente estamos sendo obrigados”, continuou o presidente do SINDHOSPI.
A contraproposta apresentada pelo sindicato exige que o Governo do Estado efetue o pagamento dos meses de fevereiro e março para então negociar os outros meses em atraso. O titular da Promotoria de Justiça da Fazenda Pública Mediador, Fernando Santos, está agindo como mediador.
“Nós continuamos a conversar com o governo do estado porque o mais importante que o Ministério Público entende hoje é manutenção do serviço do Plamta e do IASPI Saúde. Essa é a nossa luta fundamental e por isso o esforço que o Ministério Público tem tido de negociar, de conversar com o governo, de conversar com o sindicato dos hospitais, justamente para que o serviço do Plamta não sofra nenhuma alteração”, afirmou o mediador.
- Foto: Cinara Taumaturgo/GP1Mediador Fernando Santos,Titular da Promotoria de Justiça da Fazenda Pública
Questionado se o Plamta estava falido, o presidente do SINDHOSPI, Jefferson Campelo, avaliou que o plano precisa passar por uma reestruturação.
“Acredito que o Plamta é extremamente viável, é o maior orgulho que o servidor do estado tem, um plano de saúde que realmente traz toda a segurança tanto para os servidores quanto para seus dependentes. Ele é viável sim, mas precisa passar por uma reestruturação, precisa ter uma gestão adequada e sobretudo precisa receber os recursos, aqueles que os servidores são descontados todos os meses no seu contracheque”, concluiu o presidente do SINDHOSPI.
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