O GP1 conversou, na tarde desta quinta-feira (12), com o suplente de deputado federal, Silas Freire (PRB), sobre o áudio que vazou do cantor Frank Aguiar onde o mesmo faz críticas ao governador Wellington Dias e diz que pode ser candidato ao Senado em uma chapa encabeçada pelo Dr. Pessoa.
Para Silas, as declarações podem prejudicar a viabilização de Frank na chapa governista: “Eu acho que cada um é responsável pelo que fala, eu ouvi o áudio e ele faz revelações fortes, críticas ao Governo. Com essa fala dele, ele inviabiliza a luta da gente pela vaga dele no Governo”, afirmou.
“Nós não tínhamos sido despachados pelo Governo ainda, não temos nenhuma posição do governador, então esse áudio me parece expressar o pensamento dele, de certa forma, penso eu, posso até estar pensando errado, que inviabiliza da gente tentar a segunda vaga do Senado dentro da coligação do Governo”, reafirmou.
Sobre a questão do partido se coligar com o Solidariedade do Dr. Pessoa, Silas declarou: “Quanto às outras possibilidades de participação do PRB em outra chapa, isso só se daria depois que o Governo nos desse a certeza de que o Frank não participaria da chapa ou então, nós não conseguíssemos viabilizar uma coligação proporcional, onde não houvesse candidaturas majoritárias. Essa chance ainda existe, mas eu acho que depois do áudio, ele fechou uma porta”.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1Silas Freire
“O partido sempre disse que analisaria a possibilidade de deixar a aliança com o Governo depois que o Governo decidisse de quem era a segunda vaga, e o Governo não decidiu ainda, então nós não podemos colocar os carros na frente dos bois, ainda estamos esperando, vamos esperar o Frank chegar ao Piauí, vamos ouvi-lo, vamos ouvir o Governo, e saber que estratégia o partido vai usar”, explicou.
Segundo Silas, as falas de Frank não representam uma opinião do PRB: “Ele é quem deve se responsabilizar pelos seus áudios, aquela declaração é do Frank Aguiar, não é do partido, embora o partido tenha algumas preocupações com a administração do Estado, como a questão do Plamta, dos consignados, mas nós não chegamos a tanto, a dizer que o governador perdeu a rédea do governo”, esclareceu.
“Nós vamos ver se fez estragos esse áudio dele, se inviabilizou ele na coligação, se inviabilizou nós temos que reavaliar a situação. Nós também não podemos sacrificar o partido por causa do Frank e nem sacrificar o Frank por causa do partido”, argumentou.
Prioridades
“Eu vim ontem de uma reunião nacional onde o partido disse que a prioridade é deputado federal, por conta da cota do fundo partidário, por tempo de televisão, a bancada na Câmara que representa o povo, e segundo o senador da República, essa é a linha de importância para o partido nacional e em terceiro a bancada estadual, então levando esse raciocínio nós vamos conversar com o Frank, com muita cabeça fria, tranquilidade”, contou.
Silas disse ainda que “o nome que o partido tem para o Senado é o do Frank Aguiar, o candidato a deputado federal é o Silas e muitos outros nomes, o candidato a deputado estadual é o pastor Gessivaldo e muitos outros, não existe mudança, agora tudo isso tem que ser reavaliado depois”.
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