O Piauí já registrou a morte de seis pessoas dentro do sistema penitenciário neste ano. Em apenas 56 dias, a média seria de aproximadamente uma morte a cada 10 dias. Os números são do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sinpoljuspi). O último caso aconteceu na madrugada desta terça-feira (07) na Penitenciária João de Deus Barros, em Picos, onde um homem morreu espancado e enforcado, provavelmente por companheiros de prisão.
- Foto: Lucas Dias/ GP1Zé Roberto, presidente do Sinpoljuspi
O GP1 conversou com o presidente do Sinpoljuspi, José Roberto. Sua avaliação é a de que os números de mortes tendem a aumentar. “Continuando essa escalada de mortes, vamos chegar ao final de 2017 com um número alarmante e estarrecedor, o sistema prisional do Piauí não pode ter esse papel de matadouro humano, mas infelizmente os números estão aí para provar que esse sistema é sim um matadouro humano”, declarou.
Para o líder sindical, a situação só pode ser mudada se houver uma intervenção mais efetiva por parte do Estado. “Precisamos de mais estrutura, de um maior número efetivo de servidores, além de políticas públicas de ressocialização, pois estas que existem atualmente não ressocializam. Estão brincando com o sistema prisional e consequentemente com vidas humanas, por que estes que estão reclusos no sistema prisional são seres humanos, querendo ou não. Temos família e amigos, amanhã pode ser um parente meu, pode ser um de nós lá, ninguém está imune a isso”, finalizou.
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