O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pediu na manhã desta quinta-feira, que a Agência Brasileira de Investigação (Abin) investigue a suposta invasão de sua conta no Twitter. A medida foi tomada após o ministro alegar que alguém "utilizou indevidamente” seu perfil na rede social para ofender o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
A interlocutores, Salles alegou que durante a campanha eleitoral de 2018, quando concorreu ao cargo de deputado federal pelo partido Novo em São Paulo, diversas pessoas tiveram o seu login e senha, que jamais foram alterados por ele.
O ministro, então, foi orientado a bloquear sua conta no perfil, segundo relatos ao Estadão. A reportagem apurou que, além da Abin, Salles também acionou o Twitter para tentar identificar a origem do login supostamente feito por um invasor.
Na noite de quarta, uma publicação do perfil de Salles em resposta a Maia chamava o deputado de “Nhonho”. No dia 24, Maia havia tecido críticas à sua atuação.
Por volta das 6h30 desta quinta, 29, após repercussão no meio político, o ministro postou outro comentário na rede social: "Fui avisado há pouco que alguém se utilizou indevidamente da minha conta no Twitter para publicar comentário junto a conta do Pres. da Câmara dos Deputados, com quem, apesar de diferenças de opinião sempre mantive relação cordial".
Nhonho é um apelido utilizado de forma pejorativa pelos bolsonaristas contra o presidente da Câmara, em referência ao personagem da série mexicana "Chaves", interpretado pelo ator Édgar Vivar. No dia 24, Maia escreveu: "Ricardo Salles, não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil, agora resolveu destruir o próprio governo”.
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