Enquanto o plenário da Câmara debatia sobre vaquejadas e rodeios, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deixou o Congresso e partiu para mais rodada de negociação com líderes partidários. Antes de sair para sua residência oficial, ele confirmou o acordo para uma alteração no texto da reforma da Previdência no plenário, colocando o acréscimo do valor do benefício por tempo de serviço das aposentadorias das mulheres a partir dos 15 anos de contribuição, e não a partir dos 20 anos.
Depois da aprovação do texto na Comissão Especial, chegou-se a dizer que a votação na Câmara poderia começar nesta terça-feira, 9, mas até as 20 horas nem mesmo os debates sobre a reforma haviam começado - a proposta precisa ser votada em dois turnos na Casa, com voto favorável de 308 deputados em cada turno. Nesse horário, Maia já estava de volta ao plenário.
- Foto: Renato Costa/FramePhoto/Estadão ConteúdoRodrigo Maia
Líderes que estiveram reunidos com Maia acreditam que sessão desta terça deve ser apenas de debates no plenário e que a votação deve começar mesmo apenas na quarta-feira, 10. O líder do MDB, Baleia Rossi, prevê que esta noite deve ser tomada pelas falas dos deputados contra e a favor da reforma.
A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), disse que, por ela, a votação teria início mesmo que na madrugada, mas que há deputados que preferem iniciar apenas na quarta de manhã.
Além dos debates, os deputados a favor da reforma precisam ainda vencer todo o trabalho de obstrução da oposição, o que pode levar tempo.
Maia abriu às 16h47 a sessão do plenário da Casa que vai deliberar sobre a reforma da Previdência. Ele incluiu na pauta da sessão, porém, a votação de um projeto de lei para incluir a vaquejada como manifestação cultural nacional e elevar essa prática à condição de bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro. O texto também regulamenta os rodeios e provas e laço.
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