O presidente da Fundação Piauiense de Serviços Hospitalares (Fepiserh), Rafael Neiva, destacou os avanços da pasta nesses dois meses da nova gestão em entrevista ao GP1 na manhã dessa quarta-feira (06). A Fepiserh administra atualmente seis hospitais, sendo três no interior do estado (Piripiri, Picos e São Raimundo Nonato) e três na capital (Hospital Getúlio Vargas, Hospital Infantil e Natan Portela).
- Foto: Brunno Suênio/GP1Rafael Neiva, Presidente da Fundação Piauiense de Serviços Hospitalares (Fepiserh)
De acordo com o presidente, um dos avanços significativos que a nova gestão trouxe ao Hospital Getúlio Vargas, foi o início da realização das cirurgias cardíacas, que antes eram realizadas em convênio com um hospital particular.
“As cirurgias cardíacas não eram realizadas pelo HGV, eram realizadas através de um convênio com o Hospital São Paulo. Quando assumi dia 6 de abril, foi uma das minhas primeiras medidas, fui a Brasília, procurar lá no Ministério da Saúde, o que era que já tinha sido dado entrada, mas estava represado por algum motivo, ou por falta de documentação, ou por que não foram mais atrás. Esse serviço de cirurgia cardíaca, por ter uma fila muito grande, represada, ela é uma das coisas que traz mais angústia no HGV. Então o que foi que a gente fez? Elaboramos um projeto, demos entrada no ministério, explicando tudo que ia ser necessário de equipamentos e insumos, coloquei tudo nesse projeto, pedi a audiência com o ministro Gilberto Occhi, através do senador Ciro Nogueira e da deputada Iracema. Chegamos lá no ministério existia um entrave operacional, porque o sistema do ministério não estava aberto para a gente cadastrar o projeto. A primeira medida nossa foi solicitar ao ministro a abertura desse sistema. Como já estávamos com tudo pronto, fizemos o cadastramento, no outro dia já foi liberado o recurso mais de R$ 3 milhões para que a gente pudesse finalizar, agora estamos avaliando o que a gente vai comprar, mas já sabemos que até o final do ano esse serviço vai estar implantado. Vai ser um grande marco para o hospital”, relatou.
- Foto: Brunno Suênio/GP1Advogado Rafael Neiva
Rafael Neiva, que é advogado, falou também sobre as cirurgias bariátricas que serão implantadas no Hospital Getúlio Vargas a partir de agosto deste ano. “A cirurgia bariátrica foi outro ganho pra gente, já temos data para que as primeiras cirurgias sejam realizadas, será a partir de julho. Para esse serviço existe uma fila represada lá, quando eu assumi eu fui procurado por pessoas que têm necessidade de fazê-la, pois não tem condições financeiras, eu acredito também que isso vai ser de extrema importância. No mês de abril foram feitas 1.081 cirurgias diversas no HGV, em maio realizamos 1.288 e cinco transplantes de rins”, informou.
Hospital Infantil
Sobre o Hospital Infantil, o Rafael Neiva criou um selo como forma de agradecimento para as empresas que realizassem doações ao hospital. “Quando assumi criei um selo ‘Selo empresa amiga da saúde’, isso para possibilitar que empresas doem, por exemplo, brinquedoteca para o Hospital Infantil, e quando elas doarem, receberem esse selo, uma forma simbólica de a gente agradecer. Enviamos essa proposta para algumas empresas, estamos esperando essas respostas”, revelou.
Ele falou também sobre uma parceria com a Secretaria de Educação (SEDUC) para levar ensino às crianças que não podem deixar o hospital. “Propomos um termo de cooperação técnica com a SEDUC para a gente levar para dentro do Hospital Infantil uma pedagoga, uma assistente social para dar aula para as crianças que moram no hospital, hoje moram lá dentro 11 crianças que não podem sair, isso me sensibilizou porque não podemos deixar essas crianças sem aula. A SEDUC já está finalizando o termo, então muito em breve estaremos levando essa melhoria”, acrescentou.
Piripiri
Sobre o Hospital Regional Chagas Rodrigues, em Piripiri, o presidente tratou ainda sobre 10 novos leitos de UTI que serão implantados no hospital. “Havia desde 2016 um pedido para que fossem habilitados os leitos de UTI de Piripiri, só que a gente ofertava o serviço, mas eles não estavam habilitados pelo Ministério da Saúde, ou seja, o Governo do Estado que arcava com esse custo. Então eu fui lutar para que esses leitos fossem habilitados, estava tudo pronto, mas não era publicada a portaria. Mais uma vez eu fui com o senador Ciro e a deputada Iracema, ao ministro, o senador Ciro pediu e na semana passada tivemos essa excelente notícia, porque isso vai dar mais de R$ 1 milhão e trezentos mil por ano para o hospital, se você for imaginar essa realidade, você tendo esse recurso, 130 mil por mês, é muito, então agora o ministério que vai manter. O pronto-socorro de lá será inaugurado dia 7 de julho, vai ficar muito bom, essa obra vai ser um grande ganho para a cidade, porque hoje Piripiri atende toda uma região de Campo Maior até Buriti dos Lopes”.
Picos
Já em Picos, o presidente da Fepiserh deseja transformar o Hospital Regional Justino Luz em um hospital escola. “Estamos com uma luta com relação ao hospital de Picos, transformar ele em um hospital escola. A gente trouxe duas equipes do ministério, eles estão fazendo o estudo para saber o que é necessário, então estamos fazendo todo esse levantamento, estamos dando entrada na próxima semana com dois projetos no Ministério da Saúde, para que possam ser feitos o Mutirão de Cirurgia Pediátrica em Picos, Infantil e Piripiri e oftalmológica no HGV. Nosso grande desafio hoje é habilitar todos os serviços que são ofertados hoje pela população, temos vários serviços que são ofertados, por exemplo, em Picos, que a gente oferta mais não é habilitada pelo SUS, então o estado que acaba arcando. Tem estados que todos esses serviços são 100% SUS e recebem direto do ministério, não tem dificuldade financeira pra isso”.
Concurso Público
Rafael falou em primeira mão para o GP1 sobre a possibilidade de ser lançado um concurso público para os hospitais administrados pela fundação. “Estamos planejando um concurso público na área da saúde. Criamos uma comissão para isso que está em pleno vapor, vendo o que vamos precisar pra daqui cinco anos a gente poder realizar, porque não tem como planejar isso para realizar um concurso de forma imediata, tem que estar previsto no orçamento, estamos fazendo esse estudo. Isso tudo tem que ser coordenado pela Secretaria de Saúde porque a gente precisa deles, estamos planejando, fazendo nossa parte, vendo nesses seis hospitais o que tem que ser feito”, finalizou.
Ver todos os comentários | 0 |