O procurador da república Ângelo Goulart Villela foi preso na manhã desta quinta-feira (18) pela Polícia Federal em Brasília. Ele trabalha no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e foi citado na delação premiada realizada pelo dono do frigorífico JBS, Joesley Batista, onde o procurador foi acusado de ter recebido dinheiro para passar informações sobre as operações que estavam sendo realizadas.
A Polícia Federal fez a prisão de Ângelo e cumpriu mandados de busca e apreensão na Corte Eleitoral com o objetivo de encontrar documentos que incriminem o procurador. Na delação premiada, JBS entregou para a Procuradoria-Geral da República (PGR) documentos que recebeu de Ângelo, além disso, apresentou fotos de um encontro que teve com o procurador, no dia 3 de maio, onde teria recebido informações dele. Segundo o G1, encontro aconteceu na casa do advogado brasiliense Willer Tomaz.
- Foto: DivulgaçãoWiller Tomaz (à esquerda) e Ângelo Villela foram fotografados clandestinamente por Joesley Batista
Segundo o delator, nos encontros Ângelo Villela gabava-se de ter pleno acesso às informações das operações Greenfield e da Lava-Jato. O procurador era um dos integrantes da Operação Greenfield, o que tornou mais cara a sua participação no grupo criminoso.
Operação
Além do procurador, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços de Aécio Neves (PSDB), após JBS ter gravado o senador pedindo R$ 2 milhões com a justificativa de que precisava pagar a sua defesa na Lava Jato. A gravação dura cerca de 30 minutos e a entrega do dinheiro também foi filmada por JBS.
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