Delegados, escrivães, peritos e agentes da Polícia Civil do Piauí paralisaram as atividades nesta quarta-feira (07) em todo o Estado, em protesto contra a reforma da previdência social proposta pelo Governo Federal. Os servidores não realizarão atendimento ao público no decorrer do dia, salvo casos de extrema urgência.
- Foto: Thais Guimarães/GP1Delegados, escrivães, peritos e agentes estão mobilizados
A mobilização é em nível nacional, todos os profissionais do País estão participando. No Piauí, a paralisação acontece em todas as delegacias, com concentração em Teresina, Parnaíba e Picos, nas Centrais de Flagrante das respectivas cidades. A manifestação está sendo mobilizada pelas entidades sindicais que representam os trabalhadores, são elas, o Sindicato dos Delegados de Polícia Civil de Carreira do Estado do Piauí (SINDEPOL), Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Piauí (SINPOLPI) e Sindicato dos Peritos Oficiais do Estado do Piauí (SINDIPERITOS).
- Foto: Thais Guimarães/GP1Mobilização é nacional
A delegada e presidente do SINDEPOL, Andréa Magalhães, concedeu entrevista ao GP1 e explicou como a reforma da previdência prejudica a categoria. “Nós temos uma aposentadoria especial, porque a expectativa de vida do policial é menor, em torno de 66 anos, porque nosso trabalho nos acarreta risco de morte. A polícia tem que estar preparada e equipada e tem que ser jovem para combater o crime, é totalmente absurda essa reforma para a Polícia Civil, os policiais vão ficar 25 anos a mais no serviço público, o que vai gerar uma polícia cansada, doente e sem condições de combater o crime. Temos risco de vida, trabalhamos em condições insalubres, a questão realmente é humana, essa reforma nos atinge em cheio”, declarou.
- Foto: Thais Guimarães/GP1Delegada Andréa Magalhães
Andréa Magalhães informou que o atendimento à população ficará prejudicado em todo o Estado. "Todos os estados estão se mobilizando. No Piauí vai parar tudo, e hoje a situação de atendimento normal está prejudicada, apenas situações excepcionais de flagrante delito de casos urgentes, de crimes hediondos, que não tem como a gente desamparar a população, serão atendidos”, afirmou. Com a mobilização, a categoria espera que o Governo Federal se sensibilize e retire a Polícia Civil do texto da reforma.
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