A Secretaria de Estado de Saúde (Sesapi), realizou nesta segunda-feira (16) uma reunião com profissionais da rede privada e pública de saúde, que teve o objetivo de esclarecer sobre a interação das duas partes em relação aos casos notificados do coronavírus, covid-19 no Piauí.
De acordo com o porta-voz da Sesapi sobre a pandemia do covid-19, médico-infectologista José Noronha, o Piauí não possui casos confirmados da infecção e caso ocorra a situação, a população será informada por meio dos órgãos oficiais.
“Estamos discutindo nosso fluxograma, a preparação da rede, e com a iniciativa privada estamos fazendo orientações, cadastro de amostras. A inciativa privada está tendo casos suspeitos, que são pessoas que realizaram viagens internacionais e por ter plano de saúde, acabam indo para hospitais privados. Não temos casos confirmados no Piauí, assim que aparecer o primeiro caso, vamos chamar a coletiva de imprensa e avisar a população sobre isso”, informou.
“Também reforçamos essa necessidade de notificação em relação a rede privada, o básico é que as unidades notifiquem o serviço estadual e o municipal. Os indivíduos de maior risco são os idosos, desde já a população precisa ter bom senso, se previnam, se poupem de aglomerações, eventos”, ressaltou.
Novo boletim da Sesapi
Um novo boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) no final da tarde desta segunda-feira (16) mostrou que o número de casos suspeitos de coronavírus segue sem alteração. Foram investigados 37 casos, nove foram descartados e 28 seguem sob suspeita.
Ainda de acordo com o boletim, os casos suspeitos estão concentrados nas cidades de Teresina, Picos e Parnaíba.
- Foto: Divulgação/SesapiDados do novo boletim
Governo pede tranquilidade
O governador Wellington Dias (PT), pediu que a população piauiense não tenha pânico devido a pandemia do coronavírus. O Governo Estadual decretou estado de emergência, levando em consideração o risco de transmissão simultânea no mundo, além da necessidade de combate da covid-19 a nível estadual.
“A primeira orientação é nada de pânico, é preciso agora muita responsabilidade e ao mesmo tempo trabalhar com aquilo que já se conhece sobre o coronavírus. Fizemos uma reunião com o prefeito Jonas Moura, presidente da APPM e assim queremos ter uma integração maior, fazendo um trabalho com os municípios e eu sou grato pelas equipes que estão no trabalho. A partir de quarta-feira estamos com um programa de ampliação da qualificação de pessoal, especialmente na área da saúde, para suprir a necessidade de trabalhar em cada município, seja em uma UPA, um hospital, ou o próprio agente de saúde”, disse.
- Foto: Lucas Dias/GP1Wellington Dias
Ainda segundo o governador Wellington Dias, além das medidas de prevenção em relação ao covid-19, o Governo do Estado quer realizar uma integração com municípios e Governo Federal para planos emergenciais na saúde e economia.
“A Sesapi vai disponibilizar uma vídeo aula para as orientações necessárias e assim serem repassadas para os meios de comunicação. Queremos junto com a APPM, fórum dos governadores, empresas e Congresso trabalhar com o Governo Federal para termos um plano emergencial mais ágil para que cada município consiga trabalhar e também para a economia, ou seja, garantir produções, ampliar investimentos em diversos setores, ter a liberação de crédito, pois a situação pode afetar o Brasil e queremos reagir”, ressaltou o governador.
Medidas
Dentre as medidas estabelecidas pelo Governo está a previsão de isolamento; quarentena; determinação de realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais e coleta de amostras clínicas. Determinação de realização compulsória de vacinação e outras medidas profiláticas ou tratamentos específicos; o estudo ou investigação epidemiológica; requisição de bens e serviços de pessoas naturais e jurídicas, hipótese em que será garantido o pagamento posterior de indenização justa.
Fica estabelecido em caráter involuntário, o isolamento de pessoas doentes ou contaminadas, ou de bagagens, meios de transporte, mercadorias ou encomendas postais afetadas, de maneira a evitar a contaminação ou a propagação do novo coronavírus. Prevê também quarentena, com restrição de atividades ou separação de pessoas ou objetos suspeitos de contaminação.
Servidores públicos ou militares, vinculados ao Poder Executivo, que regressarem de regiões em que o surto do covid-19 tenha sido reconhecido, como também aqueles que tiverem contato habitual com viajantes dessas regiões e apresentarem febre ou sintomas respiratórios dentro de até 14 dias do retorno, deverão procurar um serviço de saúde. Não será exigido o comparecimento físico para perícia médica daqueles que forem diagnosticados como caso suspeito ou confirmado e receberem atestado médico externo.
Mesmo sem sintomas, o servidor poderá ter concedida licença de ofício por 14 dias, afim de permanecer em resguardo domiciliar para observação de sinais e sintomas compatíveis com a doença covid-19.
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