O jornalista Paulo Henrique Amorim, que morreu na madrugada desta quarta-feira (10), após um infarto fuminante, era crítico ferrenho do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Ele foi afastado da TV Record, em junho deste ano, devido ao seu posicionamento político.
Paulo Henrique Amorim criticou, em abril deste ano, o ministro da Justiça, Sérgio Moro. Na ocasião, o jornalista chamou o ministro de "analfabeto e ignorante".
- Foto: Nilton Fukuda/Estadão ConteúdoPaulo Henrique Amorim
Ele entrou na TV Record em 2003 e passou 14 anos ininterruptos no comando do programa Domingo Espetacular. Foi afastado em junho deste ano, quando passou a ser considerado uma pedra no sapato do governo do presidente Jair Bolsonaro, eleito em 2018.
O dono da rede Record, o bispo evangélico Edir Macedo é amigo pessoal de Bolsonaro e uma das principais fontes de receita da emissora é a verba de publicidade do governo federal. Ele participou ativamente da campanha eleitoral do presidente nas eleições do ano passado.
Desde então, o bispo passou a ser pressionado pelo governo para afastar Paulo Henrique Amorim, que possuía um contrato com a emissora até 2021.
Críticas
Em entrevista ao ao canal "À Esquerda", veiculada em abril deste ano, o jornalista teceu críticas ferrenhas ao ministro da Justiça, Sérgio Moro. Segundo ele, "por trás do Moro existe um forte aparato de inteligência e serviço de espionagem americano".
Paulo Henrique Amorim disse ainda que "Moro é um analfabeto, um ignorante" e mesmo assim conseguiu "destruir a indústria brasileira, quebrou as empreiteiras, a construção civil e a construção naval".
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