Na manhã desta terça-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. No entanto, antes mesmo da oficialização, a proposta já gera divergências. Isso porque o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a medida terá um impacto de R$ 27 bilhões nos cofres públicos.
Inicialmente, o governo estimava um custo de R$ 32 bilhões, mas, após um recálculo, foi determinado que o impacto real será de R$ 27 bilhões. Segundo Haddad, a revisão ocorreu devido a ajustes na base de cálculo. “Foi um recálculo porque, este ano, já haverá uma pequena correção após o orçamento, devido ao aumento do salário mínimo. Então, muda a base”, explicou o ministro.

Para compensar a perda na arrecadação, o governo pretende criar uma nova taxação sobre altas rendas, com alíquotas progressivas para quem recebe acima de R$ 50 mil por mês, chegando a valores superiores a R$ 1 milhão.
Haddad confirmou a implementação do chamado imposto mínimo, mas destacou que a proposta passou por ajustes a pedido de Lula. “O que foi anunciado teve alterações encomendadas pelo presidente, como a manutenção dos descontos e a inclusão do CNPJ na regra. Essas mudanças foram concluídas há cerca de duas ou três semanas”, afirmou o ministro.
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