Áudio divulgado pelo Estadão mostra entrevista do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, assumindo que pensou em assassinar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. A afirmação foi dada na última quinta-feira (26).
“Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele [Gilmar] e depois me suicidar”, diz o ex-procurador.
Janot diz que a intenção de matar Gilmar aconteceu após ele “inventar” uma história envolvendo sua filha, Letícia Ladeira Monteiro de Barros. “Foi logo depois que eu apresentei a sessão de suspeição no caso do Eike. Aí ele inventa uma história envolvendo minha filha advogada na parte penal para uma empresa na Lava Jato. Minha filha nunca advogou na área penal... aí eu saí do sério”, continuou.
“Mão de Deus”
O ex-procurador disse ainda que foi a “mão de Deus” que fez com que ele desistisse. “Fui armado, ia dar um tiro nele e depois ia me suicidar. Foi a mão de Deus. Desisti, disse que não estava passando bem e chamei meu vice para fazer a sessão pra mim e fui embora. Foi a mão de Deus. Ele estava na sala onde fica o lanche, que fica na entrada da sala de sessão. Aí eu vi, olhei. Foi a ‘mão’”, continuou.
Treslouquices
Em nota, Gilmar Mendes disse que os “impulsos homicidas, destacando a eventual intenção suicida” seria um “gesto tresloucado”. Gilmar ainda aconselhou Janot a procurar um psiquiatra.
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