Líderes da oposição venezuelana se preparam para a entrega de ajuda humanitária à população. Neste sábado, uma delegação, comandada pelo líder opositor Juan Guaidó, deve tentar entregar cerca de 200 toneladas de alimentos e suprimentos médicos na fronteira brasileira e colombiana. A estratégia da oposição é levar o auxílio por meio de três ações simultâneas, com eventos na Colômbia, assistência prestada por via marítima e através da fronteira da Venezuela com o Brasil.
A operação deve enfrentar a resistência militar que cerca as fronteiras do país. "Haverá tantas pessoas reunidas na fronteira e em cidades diferentes por todo o país que será impossível parar o movimento", disse um dos membros da oposição David Smolansky.
Civis descontentes com a situação do país tendem a se unir ao grupo de oposição na operação deste sábado. Líderes internacionais, incluindo o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, apelam para ambos os lados evitarem a violência.
O presidente do país Nicolas Maduro recusou a entrada da ajuda de outros países e ordenou o fechamento da fronteira da Venezuela com o Brasil. Desde ontem, a região fronteiriça está sob vigia das Forças Armadas venezuelanas. Ontem, em um conflito entre civis e militares, dois indígenas foram mortas e outros 22 ficaram feridos. O ministro venezuelano das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, disse que os militares "nunca teriam ordens de disparar contra a população civil" e que esperava que o "bom senso prevalecesse em Cucuta".
Na madrugada de sexta-feira para sábado, tropas de choque do governo de Nicolás Maduro obrigaram civis se afastarem da estrada para o ponte Simon Bolivar, que liga o país à Colômbia. O governo venezuelano havia dito que fecharia três de suas pontes na fronteira. Centenas de militares e caminhões das Forças Armadas cercam as fronteiras do país.
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