Andressa Martins
Nesta segunda-feira (9) foi lançado o Mapa da Violência 2015: Homicídio de mulheres no Brasil, elaborado pela Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais (Flacso). O estudo aponta a taxa de 4,8 assassinatos de mulheres para cada 100 mil habitantes, o que coloca o Brasil na quinta colocação do ranking mundial desse tipo de crime, atrás apenas de El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia.
Nos últimos dez anos houve um aumento de 21% no número de mulheres assassinadas, passando de 3.937 para 4.762. Um em cada três desses crimes foi cometido por atuais ou ex-companheiros.
Os dados apontam o reflexo da violência doméstica: menos da metade delas é por arma de fogo e 27% ocorrem dentro de casa. Os crimes por estrangulamentos ou com uso de objetos cortantes, que os especialistas denominam “crimes de ódio”, são duas vezes mais frequentes com mulheres.
No caso dos homens, 73% são assassinados com arma e apenas 10% na própria residência.
O relatório compara os índices de assassinatos em todos os estados do país de 2006 (ano em que entrou em vigor a Lei Maria da Penha) a 2013. O estudo aponta que em apenas cinco estados (Rondônia, Espírito Santo, Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro) as taxa diminuíram.
Teresina
Entre 2003 e 2013 o número de mulheres assassinadas em Teresina teve aumento de 84,5% e a capital é a 10ª entre as demais capitais que registraram as maiores taxas de homicídios.
Em dez anos 399 mulheres foram assassinadas no Piauí. O aumento foi de 46,9% quando se compara casos em 2003 (32 mortes) e 2013 (47 mortes). O estado apresentou proporcionalmente um aumento de 34,5% no mesmo período, tendo o 14º maior crescimento entre os demais estados.
A taxa de homicídios de mulheres é a menor do país. Ao todo foram 2,9 mortes a cada 100 mil durante o ano de 2013.
Mulheres negras
Entre os dez anos da pesquisa, o número de homicídios de mulheres brancas caiu 9,8% (de 1.747 para 1.576). Já os casos envolvendo mulheres negras cresceram 54,2%, passando de 1.8864 ara 2.875.
A secretária Especial de Políticas para Mulheres, do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Eleonora Menicucci diz que os resultados apontado são “lamentáveis”.
“É de entristecer todas as mulheres e homens de bem do nosso país. Não podemos conviver em hipótese nenhuma com uma magnitude de 54% de aumento em dez anos no número de homicídios de mulheres negras e no número de homicídio de mulheres em geral”, afirmou.
Tipos de violência
No geral, a violência física é a mais frequente, presente em 48,7% dos casos. Em mulheres jovens e adultas esse percentual chega a representar 60% dos atendimentos.
Em seguida vem a violência psicológica, com 23% dos casos e a violência sexual com 11,9%. A violência sexual tem maior incidência em crianças com até 11 anos (29%) e as adolescentes (24,3%).
Estatísticas internacionais
O Brasil ocupa a 5ª posição num grupo de 83 países com dados homogêneos fornecidos pela Organização Mundial de Saúde. O país possui 48 vezes mais homicídios femininos que o Reino Unido, 24 vezes mais que a Irlanda ou Dinamarca e 16 vezes mais que o Japão.
A cada 100 mil habitantes, 4,8 mulheres são assassinadas no Brasil.
Imagem: DivulgaçãoClique para ampliar
Um a cada três crimes são cometidos por atual ou ex-companheiros.
Um a cada três crimes são cometidos por atual ou ex-companheiros.Nos últimos dez anos houve um aumento de 21% no número de mulheres assassinadas, passando de 3.937 para 4.762. Um em cada três desses crimes foi cometido por atuais ou ex-companheiros.
Os dados apontam o reflexo da violência doméstica: menos da metade delas é por arma de fogo e 27% ocorrem dentro de casa. Os crimes por estrangulamentos ou com uso de objetos cortantes, que os especialistas denominam “crimes de ódio”, são duas vezes mais frequentes com mulheres.
No caso dos homens, 73% são assassinados com arma e apenas 10% na própria residência.
O relatório compara os índices de assassinatos em todos os estados do país de 2006 (ano em que entrou em vigor a Lei Maria da Penha) a 2013. O estudo aponta que em apenas cinco estados (Rondônia, Espírito Santo, Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro) as taxa diminuíram.
Imagem: Reprodução
Ana Carolina foi estrangulada pelo ex-namorado em seu apartamento semana passada. Treze mulheres são assassinadas por dia no Brasil e um terço delas, como a modelo Ana Carolina de Souza Vieira, são mortas pelos atuais ou ex-companheiros.
Ana Carolina foi estrangulada pelo ex-namorado em seu apartamento semana passada. Treze mulheres são assassinadas por dia no Brasil e um terço delas, como a modelo Ana Carolina de Souza Vieira, são mortas pelos atuais ou ex-companheiros.Teresina
Entre 2003 e 2013 o número de mulheres assassinadas em Teresina teve aumento de 84,5% e a capital é a 10ª entre as demais capitais que registraram as maiores taxas de homicídios.
Imagem: Mapa da violência 2015: Homicídio de mulheres no B
Taxa de homicídio de mulheres
Taxa de homicídio de mulheres Em dez anos 399 mulheres foram assassinadas no Piauí. O aumento foi de 46,9% quando se compara casos em 2003 (32 mortes) e 2013 (47 mortes). O estado apresentou proporcionalmente um aumento de 34,5% no mesmo período, tendo o 14º maior crescimento entre os demais estados.
Imagem: Mapa da violência 2015: Homicídio de mulheres no B
Taxa de homicídio de mulheres poe estado
Taxa de homicídio de mulheres poe estadoA taxa de homicídios de mulheres é a menor do país. Ao todo foram 2,9 mortes a cada 100 mil durante o ano de 2013.
Mulheres negras
Entre os dez anos da pesquisa, o número de homicídios de mulheres brancas caiu 9,8% (de 1.747 para 1.576). Já os casos envolvendo mulheres negras cresceram 54,2%, passando de 1.8864 ara 2.875.
A secretária Especial de Políticas para Mulheres, do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Eleonora Menicucci diz que os resultados apontado são “lamentáveis”.
Imagem: Elza Fiuza
Eleonora Menicucci
Eleonora Menicucci“É de entristecer todas as mulheres e homens de bem do nosso país. Não podemos conviver em hipótese nenhuma com uma magnitude de 54% de aumento em dez anos no número de homicídios de mulheres negras e no número de homicídio de mulheres em geral”, afirmou.
Tipos de violência
No geral, a violência física é a mais frequente, presente em 48,7% dos casos. Em mulheres jovens e adultas esse percentual chega a representar 60% dos atendimentos.
Em seguida vem a violência psicológica, com 23% dos casos e a violência sexual com 11,9%. A violência sexual tem maior incidência em crianças com até 11 anos (29%) e as adolescentes (24,3%).
Estatísticas internacionais
O Brasil ocupa a 5ª posição num grupo de 83 países com dados homogêneos fornecidos pela Organização Mundial de Saúde. O país possui 48 vezes mais homicídios femininos que o Reino Unido, 24 vezes mais que a Irlanda ou Dinamarca e 16 vezes mais que o Japão.
A cada 100 mil habitantes, 4,8 mulheres são assassinadas no Brasil.
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