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Política

MPF investiga contas de Eduardo Cunha no exterior

O deputado já saberia do bloqueio das contas há um bom tempo.

Imagem: Divulgação Eduardo Cunha(Imagem:Divulgação )Eduardo Cunha

Investigadores da Operação Lava Jato apuram se Eduardo Cunha (PMDB-RJ) mantinha outras contas no exterior além das já identificadas e bloqueadas pelas autoridades suíças.

A Suíça comunicou ao Brasil que iria transferir as investigações que correm no país europeu sobre Eduardo Cunha, para que a Procuradoria Geral da República brasileira dê prosseguimento.

A equipe de procuradores que auxilia o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nos acordos de cooperação internacional ligados ao esquema de corrupção na Petrobras, recebeu reforços para intensificar o trabalho de investigação no exterior.

De acordo com fontes próximas do presidente da Câmara, ele foi informado do bloqueio das contas na Suíça há um bom tempo e o primeiro contato foi do banco, que avisou ao cliente sobre o problema com a Justiça. Logo após o comunicado do banco, a Justiça Suíça informou oficialmente os motivos do bloqueio das contas.

O mesmo tipo de congelamento ocorreu com o ex-diretor da Petrobras, Pedro Barusco, em 2014, quando ele tentou fazer uma série de movimentações bancárias quando descobriu que as autoridades já monitoravam sua conta e teve o dinheiro congelado.

A diferença é que no caso de Barusco, ele foi informado pelo banco assim que os valores foram bloqueados. A investigação foi aberta em abril na Suíça e o Ministério Público Suíço informou aos procuradores brasileiros que o presidente da Câmara abriu empresas de fachada para esconder nomes nos registros.

Depois da divulgação do caso, Cunha disse que não tomou conhecimento de “absolutamente nada” a respeito das denúncias veiculadas. Sexta-feira (6) o deputado negou a existência de empresas de fachada e disse “desconhecer o teor dos fatos veiculados”.

O MP da Suíça se nega a divulgar o nome do banco na qual o presidente da Câmara mantinha quatro contas, mas garante que foi a própria entidade que informou as autoridades sobre as suspeitas de lavagem de dinheiro.

O caso é mantido em segredo na Procuradoria Geral da República. O PGR pode abrir um novo inquérito ou oferecer diretamente uma denúncia.

Cunha já foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal por corrupção e lavagem de dinheiro. O deputado é acusado de receber propina de 5 milhões de dólares em contratos de navios-sonda da Petrobras.

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