Nesta segunda-feira (30), o juiz Sérgio Moro pediu que os advogados de defesa de Luiz Inácio Lula da Silva apresentem informações que comprovem a origem lícita dos recursos que o ex-presidente possui em fundos de previdência.
Lula teve R$ 9 milhões bloqueados, sendo que foram R$ 7,1 milhões em plano de previdência empresarial e R$ 1,8 milhão em plano de previdência individual. O juiz explicou que o ex-presidente pediu o desbloqueio dos recursos, mas que existe a necessidade de saber como a empresa dele, a LILS Palestras, e o Instituto Lula, conseguiram esses valores.
- Foto: José Carlos Daves/Futura Press/Estadão ConteúdoSergio Moro
Consta que entre 2011 e 2014, a empresa LILS Palestras recebeu R$ 9,5 milhões de empreiteiras do cartel da Petrobras: Odebrecht (R$ 3 milhões), Andrade Gutierrez (R$ 2,1 milhões), Camargo Corrêa (R$ 2 milhões), Queiroz Galvão (R$ 1,2 milhão) e OAS (R$ 1,1 milhão).
Já o Instituto Lula, nesse mesmo período recebeu R$ 15,1 milhões doados por quatro empreiteiras - Camargo Corrêa (R$ 4,7 milhões), Odebrecht (R$ 4,6 milhões), Queiroz Galvão (R$ 3 milhões), OAS (R$ 2,7 milhões) e R$ 2,5 milhões do grupo J&F. Todos esses valores são alvo de investigações da Lava-Jato. Moro quer descobrir a legalidade desses valores, por isso emitiu um despacho, pedindo que os ganhos sejam esclarecidos.
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