Em entrevista publicada, nesta sexta-feira (23), o presidente Michel Temer disse que considera uma "covardia" não disputar a reeleição, já que ele precisa "mostrar o que está sendo feito" pelo governo.
“Acho que seria uma covardia não ser candidato. Porque, afinal, se eu tivesse feito um governo destrutivo para o país eu mesmo refletiria que não dá para continuar. Mas, pelo contrário, eu recuperei um país que estava quebrado. Literalmente quebrado. Eu me orgulho do que fiz. E eu preciso mostrar o que está sendo feito”, afirmou Temer.
- Foto: Walterson Rosa/FramePhoto/Estadão ConteúdoPresidente Michel Temer
O presidente revelou ainda que a ideia de se candidatar surgiu há "um mês e meio", por medo de não haver candidatos que defendessem o governo: “Nós esperávamos no início que alguém sairia candidato do governo com essa missão de defender o governo. Ora, se ninguém vai defender o governo, dar continuidade ao que fizemos no governo, eu mesmo faço”, avaliou.
Sobre o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, terem se colocado como pré-candidatos,Temer disse que eles têm direito, mas que irá conversar para buscar um acordo. “Em primeiro lugar, eu devo dizer que eles têm todo o direito de disputar e participar, se quiserem. Mas este é um governo de diálogo. Nós vamos conversar muito”, ressaltou.
Quebra do sigilo
Temer voltou atrás e afirmou que não vai mais divulgar seu sigilo bancário, após o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar a quebra dele. “Pensei em abrir. Mas houve a consideração de que teria que mandar para mais de 300 blogs e cada um usaria aquilo da forma que quisesse. Então, quando vierem as contas para o chamado “processo sigiloso”, porque não há processo sigiloso nenhum, quando chegar lá, vai vazar e as pessoas terão acesso”, declarou.
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