Manifestantes realizaram, na tarde desta sexta-feira (06), um protesto contra a prisão do ex-presidente Lula determinada pelo juiz Sérgio Moro. Eles ocuparam as duas vias da avenida Frei Serafim, no cruzamento com a Avenida Miguel Rosa, e seguiram até a ponte Kubistchek. O trânsito no local ficou parado. Participaram membros de movimentos sociais e líderes políticos.
Neide Carvalho, da Frente Brasil Popular, criticou a prisão do petista: “Nossa manifestação não é apenas pela questão do Lula, claro que ele é uma grande liderança em nível de Brasil e mundo, mas é pra dizer que não pode se ferir a Constituição Brasileira, qualquer pessoa sabe que está contido no 5º artigo da Constituição, que não se pode prender em segunda instância, a pessoa tem direito de fazer a defesa em liberdade”, afirmou.
“O que nós estamos querendo passar é que nós não vamos aceitar que se destrua os princípios legais da constituição, pra nós, a prisão de Lula é uma perseguição política, principalmente pelo juiz Sérgio Moro, que está doente e complexado em prender e humilhar Lula porque, até agora, não tem nenhuma prova contra ele”, criticou.
Segundo o agente da Strans, Nonato das Chagas, tudo está ocorrendo de forma tranquila: “A Strans está fazendo o trabalho de fluxo de veículos e coordenando para que não haja nenhum acidente de trânsito. A movimentação é pacífica até o presente momento e a Strans está dando fluidez aonde pode ser dada e parando o transito onde é necessário para que os veículos não venham atingir nenhum manifestante”, explicou.
Para professor Marcelino Fonteles, militante do PT, a Constituição Federal foi desrespeitada: “Queremos registrar o nosso protesto contra uma decisão injusta, que pisou na Constituição Federal, desrespeitando prazo, desrespeitando a liberdade da defesa e o artigo da constituição que ninguém pode ser preso a não ser depois de transitado em julgado, o que não é o caso do Lula”, afirmou.
“Quando a própria justiça se transforma em instrumento da injustiça é o povo quem tem que fazer justiça. Nós estamos aqui para garantir a justiça, a liberdade do ex-presidente lula para que ele possa ficar livre”, declarou.
De acordo com a tenente-coronel Júlia Beatriz, do Gerenciamento de Crise da Polícia Militar, uma equipe está acompanhando a manifestação “no sentindo de garantir a segurança. O trabalho nosso é acompanhar a manifestação até porque é um direito legal, só controlado para que tudo aconteça de forma pacífica”.
O vereador Deolindo Moura (PT) também está presente na manifestação: “Sem dúvida, pra alguns, essa é a última fita a ser colocada nesse grande golpe que foi orquestrado aqui no país. O fato é que a prisão do Lula simboliza a maior injustiça cometida contra o maior símbolo da democracia nesse país, essa prisão demostra perseguição a esse grande líder político, como quase que um fechamento de um ciclo que virá com a chegada deles ao poder”, disparou.
“Hoje, o ex-presidente Lula é o candidato do PT, primeiro colocado em todas as pesquisas, e a população já entendeu todo esse ciclo. Nós estamos hoje lidando com um herói vivo e estamos lutando por ele, entendemos que resistir, nesse momento, é o mais correto”, disse.
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