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Manifestantes fazem ato na Alepi contra projeto que limita gastos

Na CCJ estava prevista a análise do projeto que limita os gastos, quando os manifestantes começaram a gritar. Exaltados, eles até jogaram dinheiro contra os deputados.

Na manhã desta terça-feira (20) foi realizada uma manifestação dentro da sala da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) contra o projeto de lei encaminhado pelo governador Wellington Dias (PT) que limita os gastos públicos em um período de 10 anos.

Na CCJ estava prevista a análise do projeto que limita os gastos, quando os manifestantes começaram a protestar. Exaltados, eles até jogaram dinheiro contra os deputados estaduais. A análise do projeto acabou sendo adiada para amanhã (21).


  • Foto: Priscila Caldas/GP1Manifestantes fazem ato na AlepiManifestantes fazem ato na Alepi

Odeni de Jesus da Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado do Piauí (Sinte-PI), afirmou que vai ter greve geral no próximo ano. “A Educação vai parar juntamente com todos os servidores desse Estado, pois não concordamos com esse aumento que o governo está dando na contribuição previdenciária. O Estado vai parar, a Educação, a Saúde, pois os trabalhadores estão unidos contra essa PEC do governo estadual que está em sintonia com o governo federal. Essa proposta que o governo quer aprovar aqui vai criar um problema para todas as categorias a partir de janeiro, pois não admite nenhum reajuste, não admite realização de concursos públicos, além de aumentar a contribuição previdenciária. Somos contra. [Vai ter] Greve geral a partir do próximo período letivo, com todas as categorias”, disse.

  • Foto: Priscila Caldas/GP1Odeni de Jesus da SilvaOdeni de Jesus da Silva

O deputado estadual Robert Rios (PDT) também se posicionou contra o projeto, principalmente porque em relação a concursos públicos, as regras ficaram mais rigorosas. “Só é permitido concurso em caso de vacância, ou seja, tem que morrer ou se aposentar. Isso para promotor, juiz, professor, assim como na Saúde, que no caso de médicos, tem que ter vacância. Essa PEC é de uma crueldade, que vai engessar o Estado. Daqui a 5 anos, quando o Piauí perceber, vamos ser um Estado acabado. Temos mais crianças querendo ir para a faculdade e não podemos ter mais professor. Nós temos mais pessoas adoecendo e não tem mais médicos . Então acho que o PT pegou o sumo da perversidade do Temer e trouxe para o Piauí”, criticou.

  • Foto: Priscila Caldas/GP1Robert Rios conversa com manifestantesRobert Rios conversa com manifestantes

O deputado João de Deus defendeu o projeto e afirmou que estão sendo apresentadas emendas que vão fazer algumas mudanças e confirmou que haverá reajuste nos salários dos servidores. “De 10 anos, estamos colocando essa revisão para cinco anos. Estamos dialogando um texto, onde tem um reajuste dos servidores com base na receita ou no cálculo do IPCA. Também tem a questão da contratação de servidor público que poderá acontecer de acordo com a necessidade”, explicou

O secretário de Governo, Merlong Solano (PT), defendeu a votação do projeto. “Trata-se de ajustar a administração com a realidade. Não somos iguais ao Rio de Janeiro onde está projetada para 2017 uma despesa de R$ 64 bilhões, mas com uma receita de R$ 43 bilhões. O governador Wellington Dias quer evitar o pior para o Piauí, então é necessário ajuste na despesa e na previdência. A tendência é a situação se agravar. Os servidores terão seus direitos garantidos. Não congelamos a despesa, ela será reajustada de acordo coma receita líquida”, afirmou.

  • Foto: Priscila Caldas/GP1Sala da CCJ na Assembleia Legislativa do PiauíSala da CCJ na Assembleia Legislativa do Piauí

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