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Lula preso pode ter custado até R$ 5,7 milhões aos cofres públicos

Manutenção de petista na sua cela dentro da superintendência em Curitiba gerava um gasto mensal para a instituição de aproximadamente R$ 300 mil.

A soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai garantir economia significativa aos cofres públicos. Segundo estimativa da Polícia Federal, a manutenção de Lula na sua superintendência em Curitiba gerava um gasto mensal para a instituição de “aproximadamente R$ 300 mil”. Considerando esse valor, a estadia do petista de abril até hoje pode ter custado cerca de R$ 5,7 milhões.

Em abril do ano passado, a PF pediu à juíza Carolina Lebbos, da Vara de Execuções Penais, a transferência de Lula para um presídio. Foi nesse ofício que a instituição estimou em cerca de R$ 300 mil o custo mensal para mantê-lo em suas dependências. O valor, segundo o documento divulgado na época, cobria despesas com diárias de policiais, passagens e deslocamentos de pessoal de outras unidades para reforçar a segurança da superintendência.


Pelo cargo que ocupou, Lula tem direito a ficar numa Sala de Estado Maior, que foi improvisada na PF. O local não possui grades e conta com banheiro privativo, condição diferente dos demais presos da Operação Lava Jato que também passaram pela superintendência e ficaram encarcerados. Na lista, nomes famosos da Lava Jato, como Marcelo Odebrecht e o ex-ministro Antonio Palocci. Na sala de Lula havia uma esteira ergométrica, autorizada pela Justiça.

Único preso a sair. Segundo fontes da PF, Lula foi o único preso a deixar a superintendência nesta sexta-feira, 8, por decisão judicial. Ele se beneficiou da nova orientação do Supremo Tribunal Federal (STF), pela qual o cumprimento da pena só poderá ocorrer após o julgamento de todos os recursos. Os demais presos na superintendência não atenderiam a esses requisitos porque estariam cumprindo prisão provisória. O petista foi condenado.

A soltura de Lula foi comemorada por dirigentes petistas que foram buscá-lo em Curitiba, mas a presidente do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PR), antecipou ao Estado que o objetivo não foi alcançado. “Foi um pesadelo tê-lo afastado esses 580 dias da militância, das ruas e do partido por uma condenação ilegal, mas o que a gente quer mesmo é anulação do processo, queremos que Lula restabeleça a plenitude de seus direitos”, afirmou a deputada.

O Supremo deve analisar ainda neste ano um pedido da defesa que considera o ex-juiz Sérgio Moro suspeito para julgar Lula.

A saída do ex-presidente da prisão, contudo, foi festejada pela militância com fogos de artifício e bateria de escola de samba. Além de Gleisi, Lula estava cercado pelo ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, a filha Lurian Cordeiro e a namorada Janja Lula, que foi apresentada por Lula como sua futura esposa. Após a festa petista, o trabalho foi dos policiais militares de tentar convencer as pessoas a recolherem o lixo deixado pela manifestação, que começou a ser organizada às 3h da manhã de sexta-feira.

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