A gestão do próximo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, vai contar com o ex-diretor da Polícia Federal Rogério Galloro em um cargo de assessor especial. Segundo o Estadão apurou com integrantes da Corte, Galloro vai cuidar de questões de segurança, compliance (na gestão interna do tribunal) e relações interinstitucionais da presidência de Fux. O ministro assumirá o comando do Supremo no dia 10 de setembro.
Galloro atuou como assessor especial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante a presidência da ministra Rosa Weber. Lá, usou sua expertise na área de segurança para ajudar o TSE em questões referentes à segurança cibernética e disseminação de fake news. Coordenou a Comissão Avaliadora do Teste Público de Segurança (TPS) 2019 do Sistema Eletrônico de Votação e um seminário internacional sobre desinformação.
Desde que Rosa deixou a presidência do TSE, em maio, Galloro já está trabalhando com a equipe de Fux.
Delegado federal há 25 anos, Galloro é visto como de perfil técnico, com maior afinidade para cargos administrativos. Antes de ser diretor-executivo da PF na gestão de Leandro Daiello, Galloro foi superintendente em Goiás, diretor de Administração e Logística e adido policial nos Estados Unidos.
Também atuou atuou como coordenador das forças da PF na Copa de 2014 e na Olimpíada de 2016. Desde 2017, quando assumiu a Secretaria Nacional de Justiça, ele também integra o Comitê Executivo da Interpol.
No final do governo Temer, o então diretor-geral da PF exaltou em mensagem interna a colegas as investigações “com especial foco no combate à corrupção e ao desvio de verbas públicas”.
Com a chegada de Bolsonaro à Presidência da República, Galloro foi substituído pelo delegado Maurício Valeixo, nome indicado pelo então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.
Galloro se formou em direito, possui MBA em Gestão de Políticas de Segurança Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e especialização em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (UnB).
Posse
A posse do ministro Fux terá a presença de menos de 50 pessoas por causa da pandemia do coronavírus. Entre os convidados para estarem presencialmente na cerimônia, estão o presidente Jair Bolsonaro e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e ministros da Corte. Integrantes de outros tribunais superiores e outras autoridades serão convidadas a acompanhar o evento por uma transmissão na internet.
Fux pretende levar o convite a Bolsonaro presencialmente. Será a primeira vez que eles se encontrarão após o ministro ser confirmado como próximo presidente do STF.
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