O juiz de direito Almir Abib Tajra Filho, respondendo pela 8ª Vara Criminal de Teresina, concedeu liberdade provisória a Jonnes Eduardo da Silva acusado de envolvimento no crime de latrocínio (roubo seguido de morte) contra o empresário Leandro César de Sousa Gonçalves. A decisão é de 18 de julho.
A defesa de Jonnes alegou que o mesmo faz juz à concessão da revogação em razão de ter se apresentado espontaneamente à autoridade policial no intuito de prestar esclarecimentos e contribuir com as investigações. Ademais, aduziu que ele é primário de bons antecedentes, possui ocupação lícita, família constituída e que esta é a primeira vez que responde a um processo criminal. Ressaltou ainda que não há indícios de que tenha praticado ou participado de modo relevante para a consumação do crime.
- Foto: Facebook/ Leandro SousaLeandro César Sousa
O Ministério Público do Estado opinou pelo indeferimento do pedido.
Jonnes está preso desde o dia 8 de março deste ano, acusado de participar do latrocínio. Contudo, destacou o juiz, compulsionando os autos, não se pode concluir que o réu tenha, sem sombra de dúvidas, efetivamente participado da execução do crime, havendo fortes indícios de que o mesmo tenha participado do planejamento do delito.
Foi verificado ainda nos autos e no sistema ThemisWeb que o acusado não possui nenhum outro processo criminal além deste. Ainda de acordo com o magistrado, foi constatada a possibilidade de conceder a liberdade provisória a Jonnes mediante medidas cautelares diversas da prisão para assegurar o não cometimento de novos delitos, “merecendo mais uma chance de reintegrar-se à sociedade por parte deste juízo”.
A liberdade provisória foi concedida mediante a assinatura do respectivo termo de compromisso contendo as seguintes condições: não se ausentar temporariamente ou definitivamente do município de sua residência, sem autorização do juiz, comparecer a todos os atos do processo para o qual foi intimado, não delinquir, comparecer perante o juiz de dois em dois meses para informar e justificar suas atividades e deixar sempre atualizado seu endereço residencial.
Em caso de descumprimento das obrigações impostas no termo, o juiz poderá impor outra medida de cumulação e, como medida extrema, decretar a prisão preventiva.
O mesmo juiz negou, na semana passada, pedido de revogação da prisão preventiva requerido por Francisco das Chagas de Oliveira Filho (Tanquinho), também acusado de participação no crime.
O crime
O proprietário do depósito LM Bebidas e Gás, Leandro César, foi morto a tiros após reagir a uma tentativa de assalto, no dia 20 de fevereiro deste ano. A vítima vinha da cidade de Demerval Lobão com mais de 20 mil reais dentro de seu veículo, quando foi abordada por uma dupla que estava em uma motocicleta, na rua 4 do bairro lourival Parente.
Leandro reagiu batendo o carro contra a moto. Um dos bandidos caiu e o outro atirou contra o empresário, que foi atingido por dois disparos na cabeça, que não resistiu e morreu no local.
Seis pessoas foram indiciadas pela morte do empresário: Francisco das Chagas de Oliveira Filho (Tanquinho), Sanatiel Abreu Rocha (Pequeno), André Vieira da Silva (Loirinho), Jones Eduardo da Silva (John John), Yasmin Abreu Rocha e Caio.
Ver todos os comentários | 0 |