A Justiça da Argentina determinou a prisão da ex-presidente Cristina Kirchner, informou O Globo nesta quinta-feira (7). Atualmente ela ocupa o cargo de senadora e está sendo acusada de encobrir iranianos acusados pelo atentado da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) que causou a morte de 85 pessoas em 1994. A medida também visa destituir Cristina de seu recém-eleito cargo de senadora.
A decisão é do juiz Carlos Bonadío, que também determinou a prisão de ex-funcionários de Cristina Kirchner. A ex-presidente ainda não foi presa, mas ela responde por um processo por traição à pátria ou ocultação grave. Segundo o juiz, Cristina e ex-funcionários armaram um "plano criminal orquestrado" para "dotar de impunidade" os iranianos responsáveis pelo atentado à Amia na Argentina. Áudios divulgados em 2015, mostram o ex-chanceler Héctor Timerman, admitindo a situação.
- Foto: Facebook/Cristina KirchnerCristina Kirchner
O promotor responsável por ingressar com a ação foi Alberto Nusman, que foi assassinado com um tiro na cabeça quatro dias após protocolar o processo.
Anteriormente, a ex-presidente disse em sua defesa que a ação “é uma grande bobagem jurídica. O objetivo desta perseguição judicial é assustar os dirigentes da oposição no Parlamento. Querem um Parlamento subsmisso”. Ela ainda destacou que “o mais importante que tenho a lhes dizer é que a única traição à pátria é usar o Poder Judicial para perseguir os opositores”.
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