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Joesley e Ricardo Saud ficam calados em interrogatório da PF

Eles estão presos desde o último domingo (10).

O empresário Joesley Batista, um dos sócios do grupo J&F, e o executivo do grupo, Ricardo Saud, decidiram ficar calados durante interrogatório, na tarde desta quinta-feira (14), na superintendência da Polícia Federal. Eles estão presos desde o último domingo (10).

Os dois tiveram a prisão temporária de cinco dias decretada na semana passada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin. O prazo da prisão temporária termina nesta quinta. A decisão sobre um eventual pedido de prorrogação será tomada por Fachin.


  • Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoJoesley Batista e Ricardo SaudJoesley Batista e Ricardo Saud

Mesmo que a prisão temporária não seja prorrogada, Joesley Batista continuará preso em razão de uma decisão da Justiça Federal de São Paulo, que decretou a prisão preventiva (sem prazo determinado) do empresário em uma investigação sobre uso de informações privilegiadas para obter lucro indevidamente no mercado financeiro. Nessa hipótese, ele será transferido para São Paulo pela PF. Já no caso de Saud, se não houver a prorrogação da prisão, ele será libertado.

A pretensão da Polícia Federal era ouvir os dois no inquérito instaurado por determinação da ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, para apurar a veracidade do conteúdo de conversa gravada entre dois em que mencionam ministros do Supremo.

Antonio Carlos Castro Machado, o Kakay, advogado de Joesley e Saud, afirmou que eles ficaram calados em razão da iminência de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedir a retirada dos benefícios do acordo de delação premiada.

Pelo acordo, os dois, delatores da Operação Lava Jato, ganhariam imunidade, isto é, a garantia de que, em troca das informações que forneceram, não seriam presos.

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