João Santana, publicitário e ex-marqueteiro do PT e sua esposa, Mônica Moura, fecharam acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República, no âmbito da Operação Lava Jato, segundo o vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, em sessão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta terça-feira (4).
Para ser concretizado, o acordo precisa ser homologado pelo ministro Edson Fachin, relator da operação no Supremo Tribunal Federal (STF). Na delação premiada, uma pessoa conta o que sabe sobre o esquema investigado em troca de alívio em eventuais condenações.
- Foto: Rodolfo Buhrer/ReutersJoão Santana e sua esposa, Mônica Moura
Os dois foram presos na 23ª fase da Lava Jato e deixaram a cadeia em agosto do ano passado. João é acusado de ter recebido US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht, entre 2012 e 2013, e US$ 4,5 milhões do engenheiro Zwi Skornicki, entre 2013 e 2014. De acordo com a Polícia Federal e com o Ministério Público Federal (MPF), o dinheiro é oriundo de propina de contratos na Petrobras.
De acordo com o G1, em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, o ex-marqueteiro do PT e sua mulher afirmaram que o pagamento de US$ 4,5 milhões feito pelo engenheiro Zwi Skornick foi de caixa dois da campanha presidencial de Dilma Rousseff, em 2010.
Ver todos os comentários | 0 |