Diversos setores da classe trabalhadora do Piauí vão paralisar as atividades nessa sexta-feira (30) em adesão à Greve Geral, movimento nacional que vai ocorrer em todo o país contra o governo de Michel Temer (PMDB) e suas reformas (previdenciária, trabalhista e lei da terceirização).
Em Teresina, onde vai paralisar a maior parte dos trabalhadores, um grande ato está marcado para às 8h da manhã na praça Rio Branco, no Centro. A manifestação vem sendo mobilizada por entidades e pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, tal qual ocorreu na Greve Geral do dia 28 de abril deste ano.
- Foto: GP1Greve Geral
O GP1 conversou com representantes das classes que vão cruzar os braços. Veja o que vai funcionar na capital e como o movimento pretende parar a cidade.
Transporte público
Os motoristas e cobradores dos transportes coletivos de Teresina foram os primeiros a anunciarem adesão ao movimento. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro) do Piauí Fernando Feijão, a paralisação começa no início da manhã, a partir das 6h.
- Foto: Lucas Dias/GP1Garagem da Piauiense
Bancos
O presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF-PI), Arimatéia Passos, confirmou ao GP1 a aderência à paralisação. Ele explicou que os terminais eletrônicos funcionarão, de modo a atender a demanda da comunidade. “Hoje (29) a noite vamos ter uma assembleia onde será discutido como iremos participar da manifestação, mas a adesão está confirmada”, declarou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Banco do Brasil
Correios
O diretor jurídico do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintect-PI), José Rodrigues, informou que a categoria vai parar e deve se somar à manifestação no Centro de Teresina.
Servidores municipais
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (SINDSERM), Sinésio Soares, informou que os trabalhadores lotados em todos os setores do município (Educação, Strans, Saúde, e setores administrativos) devem parar.
- Foto: Bruna Veloso/GP1Sinésio Soares, presidente do Sindserm
Educação básica
O GP1 entrou em contato com a assessoria do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado do Piauí (Sinte), que confirmou a paralisação de todos os trabalhadores da educação estadual, o que significa dizer que não haverá aula nas escolas públicas do estado.
Ensino superior
As aulas vão parar nas três instituições de ensino superior público do Piauí: Universidade Estadual do Piauí (Uespi), Instituto Federal do Piauí (IFPI) e Universidade Federal do Piauí (UFPI). A Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí – ADUFPI informou que vai bloquear todos os acessos as entradas e saídas do campus Ministro Petrônio Portella em Teresina.
- Foto: Thais Guimarães/GP1Manifestantes estendem faixa na entrada da Universidade Federal do Piauí durante Greve Geral no dia 28 de abril
Comércio
Em entrevista ao GP1, o ex-vereador Gilberto Paixão, secretário-geral do Sindicato dos Comerciários de Teresina, explicou que os trabalhadores do comércio foram orientados à paralisarem as atividades. “Vai ocorrer a manifestação no Centro, e as lojas que estiverem abertas terão de baixar suas portas”, afirmou.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Gilberto Paixão
- Sistema Prisional
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O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi) confirmou ao GP1 na manhã desta quinta-feira (29) adesão à Greve Geral que será realizada nesta sexta (30), após a realização de uma Assembleia Geral da categoria. O vice-presidente do Sindicato, Kleiton Holanda, aproveitou para lembrar que a categoria sempre participou dos atos populares no Piauí. “Nós estamos dentro como sempre estivemos e estaremos acompanhando, participando de todos os atos e manifestações que vão ocorrer amanhã. Lembrando que, no dia 15 de março, os agentes penitenciários estiveram também a favor das questões colocadas”, disse.
- Foto: Lucas Dias/GP1Kleiton Holanda
- Kleiton Holanda também relembrou de quando o Sindicato participou da manifestação na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, ocorrida no dia 24 de maio deste ano. “Teve seu papel no combate à essas reformas que seriam para melhorar, mas na verdade atentam contra o trabalhador. Amanhã estaremos mais uma vez unidos contra esse ato terrorista dessas reformas do governo de Michel Temer”, finalizou.
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