Gasolina é vendida a mais de R$ 3,30 em Teresina

O GP1 percorreu várias regiões da Teresina para acompanhar a alteração no preço da gasolina, após o anúncio do Governo sobre o reajuste de 6% do combustível nas refinarias. O preço médio praticado a R$ 3,07 no mês setembro saltou para R$ 3,37 em alguns postos.
Os novos preços não agradaram em nada alguns consumidores que, em resposta ao novo reajuste, estão optando pelo etanol na hora de abastecer, como explica o Dj Fábio Marcelo. “É uma decepção! Eu abastecia a R$ 3,09 e agora passou para R$ 3,41. A cada dia aumenta mais, geralmente, eu coloco R$ 50,00 para rodar três dias, mas com esse valor não tem como, pesou muito no bolso. Agora mesmo eu tô abastecendo com etanol”, reclamou.
O comerciante Rodson Alves percebeu a diferença de R$ 0,90 centavos entre o etanol e gasolina e, dessa vez, preferiu utilizar o combustível com preço mais em conta. “Eu costumo sempre abastecer com os dois combustíveis, até para diminuir o desgaste do motor, mas agora tá compensando abastecer com álcool”, ressaltou.
E a explicação para o preço mais atraente do etanol é justificada pelo tesoureiro do Sindicato dos Proprietários de Postos de Combustíveis de Teresina. De acordo com José Couto, as distribuidoras estão vendendo o etanol a preço promocional, que permite aos proprietários de postos repassar o produto com preço mais em conta.
“A produção do etanol depende da safra, então nesse momento é possível comprar esse combustível mais barato, e a gente repassa isso para o consumidor também. O aumento do consumo do etanol é bom para o consumidor e para o meio ambiente. Há postos que vendiam 15 mil litros e agora estão vendendo 40 mil litros”, comentou.

Imagem: Lucas Dias/GP1Etanol é vendido a R$ 2,49 em Teresina

Imagem: Lucas Dias/GP1Aumento da Gasolina

Preço nas bombas

Ainda sobre o reajuste no preço da gasolina, José Couto ressalta ainda que o valor de 6% anunciado pelo Governo recai sobre a refinaria que, por sua vez, realiza o novo cálculo com os impostos e repassa o preço com o reajuste final acima de 6%.

“A população deve entender que esse valor de 6% chega maior até nós. A gente recebe o combustível com reajuste superior a este valor. Portanto, em cima do preço que é repassado para os proprietários de postos de combustíveis são calculados também os impostos e, no final, a gente tem o preço com o reajuste real, que ultrapassa 6%”, pontuou.
José Couto explicou ainda que o Governo do Estado realiza duas pautas mensais para extrair o preço médio praticado pelos postos, logo após a pesquisa é calculado o valor do ICMS.

“Isso acontece duas vezes no mês. A cada pauta, o valor do imposto muda e os postos têm que mudar o preço. Para não haver dois novos reajustes no Estado, após o anúncio do Governo Federal, a gente altera o preço de uma vez só depois que o Estado apresenta o valor do ICMS. Naturalmente, o preço cai nas bombas. Isso é feito para evitar que o consumidor imagine que o preço está sendo reajustado três vezes no mês, por exemplo. Dessa forma, a gente aumenta uma vez e depois diminui até estabilizar o mercado”, explicou.