O deputado estadual Francisco Limma, líder do Governo Wellington na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), divulgou uma nota de repúdio às declarações do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que fez menção ao desaparecimento do pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz.
Limma disse que o presidente Jair Bolsonaro “é uma fábrica de declarações grotescas, sem humanidade e que merecem repúdio”. O deputado disse ainda que a atitude do presidente não condiz com o de um chefe de Estado e que Bolsonaro foi “desumano” e teve “um comportamento abusivo, intolerante e absolutamente antidemocrático”.
- Foto: Lucas Dias/GP1Francisco Limma
Confira a nota na íntegra:
Não é possível! Esse presidente é uma fábrica de declarações grotescas, sem humanidade e que merecem o nosso mais veemente repúdio.
Ao falar de Fernando Santa Cruz, pai de Felipe Santa Cruz, atual presidente da OAB Nacional, Bolsonaro não age como Chefe de Estado. Pelo contrário.
Bolsonaro afirma que “se o presidente da OAB quiser saber como o pai desapareceu no período militar, eu conto para ele". É, no mínimo, desumano!
Fernando Augusto Santa Cruz de Oliveira foi assassinado e desapareceu durante a ditadura militar. Essa declaração do Bolsonaro é um duro golpe não somente para o presidente da OAB, mas para todas as pessoas que perderam amigos e familiares em meio às crueldades do Regime Militar. É grave, é cruel, é sem um pingo de empatia!
Infelizmente, esse tem sido o tratamento dispensado pelo presidente a muitos de nós, às mulheres, aos indígenas, aos nordestinos, a quem pensa diferente dele.
Um comportamento abusivo, intolerante e absolutamente antidemocrático. Por isso, externamos o nosso total repúdio às declarações de Bolsonaro.
Afinal, o que mais podemos esperar? Infelizmente, as previsões são desanimadoras. Mas somos e seremos resistência! Sempre!
Entenda
Na última segunda-feira (29) o presidente Jair Bolsonaro, ao questionar a ação da OAB no caso do atentado que sofreu durante a campanha eleitoral, disse que “se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, eu conto para ele. Ele não vai querer ouvir a verdade. Eu conto para ele”.
O próprio Governo Federal vincula a morte de Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira ao “Estado Brasileiro”.
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