Nesta quinta-feira (11), o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo das delações premiadas do casal de marqueteiros, João Santana e Mônica Moura. O casal é investigado sob suspeita de ter recebido dinheiro de caixa 2 por trabalhos em campanhas eleitorais. Fachin também retirou o sigilo da deleção do funcionário dos marqueteiros, André Luis Reis Santana.
Por enquanto, os documentos com as delações dos três não estão disponibilizados no sistema do STF.
O casal trabalhou nas campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva (2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014). Em fevereiro do ano passado, os foram presos, porém, foram soltos em agosto.
Em abril, a deleção foi homologada pelo ministro. O acordo tramita no STF por envolver autoridades com o chamado foro privilegiado, como ministros e parlamentares.
- Foto: André Dusek/Estadão ConteúdoMinistro Edson Fachin
Em fevereiro deste ano, os dois foram condenados a 8 anos e quatro meses pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância pelo crime de lavagem de dinheiro. Atualmente, João Santana e a mulher cumprem pena em liberdade provisória.
De acordo com o G1, foram encontrados durante as investigações da Lava Jato, indícios de que o marqueteiro recebeu US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht, entre 2012 e 2013, e US$ 4,5 milhões do engenheiro Zwi Skornicki, entre 2013 e 2014.
De acordo com a Polícia Federal e com o Ministério Público Federal, o dinheiro era oriundo de propina de contratos na Petrobras.
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