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Teresina - Piauí

Estudantes fazem manifestação contra o aumento da passagem em Teresina

Durante o ato, estudantes ecoavam o grito “Mãos ao alto, R$ 3,60 é um assalto”.

Marcelo Cardoso/GP1 1 / 24 Elton, da Movimentação de Luta e Moradia Elton, da Movimentação de Luta e Moradia
Marcelo Cardoso/GP1 2 / 24 Vinícius, do Grêmio Estudantil Vinícius, do Grêmio Estudantil
Marcelo Cardoso/GP1 3 / 24 Sinésio Soares, presidente do Sidserm Sinésio Soares, presidente do Sidserm
Marcelo Cardoso/GP1 4 / 24 Manifestação contra o aumento da passagem na Frei Serafim Manifestação contra o aumento da passagem na Frei Serafim
Marcelo Cardoso/GP1 5 / 24 Manifestação contra o aumento da passagem Manifestação contra o aumento da passagem
Marcelo Cardoso/GP1 6 / 24 Ato contra o aumento da passagem Ato contra o aumento da passagem
Marcelo Cardoso/GP1 7 / 24 Manifestação contra o aumento da passagem na Frei Serafim em Teresina Manifestação contra o aumento da passagem na Frei Serafim em Teresina
Marcelo Cardoso/GP1 8 / 24 Alunos na manifestação contra aumento da passagem Alunos na manifestação contra aumento da passagem
Marcelo Cardoso/GP1 9 / 24 Manifestação contra o aumento da passagem Manifestação contra o aumento da passagem
Marcelo Cardoso/GP1 10 / 24 Estudantes gritam palavras de ordem Estudantes gritam palavras de ordem
Marcelo Cardoso/GP1 11 / 24 Estudantes em manifestação contra o aumento da passagem Estudantes em manifestação contra o aumento da passagem
Marcelo Cardoso/GP1 12 / 24 Manifestação contra o aumento da passagem reuniu grande número de estudantes Manifestação contra o aumento da passagem reuniu grande número de estudantes
Marcelo Cardoso/GP1 13 / 24 Estudantes realizam protesto contra aumento da passagem Estudantes realizam protesto contra aumento da passagem
Marcelo Cardoso/GP1 14 / 24 DCE UFPI DCE UFPI
Marcelo Cardoso/GP1 15 / 24 Manifestação contra o aumento da passagem Manifestação contra o aumento da passagem
Marcelo Cardoso/GP1 16 / 24 Manifestação contra o aumento da passagem em Teresina Manifestação contra o aumento da passagem em Teresina
Marcelo Cardoso/GP1 17 / 24 Estudantes pedem Passe Livre Estudantes pedem Passe Livre
Marcelo Cardoso/GP1 18 / 24 Manifestantes protestam contra aumento da passagem de ônibus Manifestantes protestam contra aumento da passagem de ônibus
Marcelo Cardoso/GP1 19 / 24 Manifestante cobre o rosto Manifestante cobre o rosto
Marcelo Cardoso/GP1 20 / 24 Manifestante com o rosto coberto Manifestante com o rosto coberto
Marcelo Cardoso/GP1 21 / 24 Manifestantes ocupam a Frei Serafim Manifestantes ocupam a Frei Serafim
Marcelo Cardoso/GP1 22 / 24 Skatista na manifestação Skatista na manifestação
Marcelo Cardoso/GP1 23 / 24 Manifestantes em Teresina Manifestantes em Teresina
Marcelo Cardoso/GP1 24 / 24 Contra o aumento Contra o aumento

Manifestantes protestaram, na tarde desta terça-feira (9), contra o aumento da passagem de ônibus de Teresina. O ato teve início às 16 horas na Praça do Fripisa, no Centro da capital e encerrou por voltas das 19 horas. A manifestação contou com a participação do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), além da Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas de Teresina (AMES) e do Sindserm.

O ato é um protesto ao decreto assinado, na última sexta-feira (05), pelo prefeito Firmino Filho (PSDB), que aumenta o valor da passagem de ônibus de R$ 3,30 para R$ 3,60. A meia estudantil, congelada há alguns anos, passa de R$ 1,05 para R$ 1,15.


Em entrevista ao GP1, o líder estudantil Vinícius, presidente UMES, informou que caso não exista uma negociação de valores, a manifestação continuará. “Pretendemos manter essa forma de manifestação, porque esse valor foi muito agravante tanto para a classe trabalhadora, como para os estudantes. Os estudantes não têm como fazer a utilização do ônibus, por conta da péssima qualidade”, disse.

“Estamos na concentração para juntar mais gente, porque hoje o Firmino diminuiu a frota de ônibus para não ter essa manifestação. Estamos nos organizando e a gente vai dá uma caminhada até a Frei Serafim e Avenida Maranhão. R$ 3,70 é um absurdo, é um assalto, é um afronte a classe trabalhadora”, disse Elton, do Movimento de Luta e Moradia.

Brena, do DCE da UFPI, disse que o movimento quer um transporte público de verdade: “O movimento quer que o transporte público seja repensado pelo Governo de Teresina, assim como pelo Governo do Brasil, a gente quer que o aumento da passagem não passe para que a população que não tem o dinheiro pra pagar não possa ter que tirar de onde ela não tem para conseguir pagar o aumento, que só dá dinheiro para os empresários. O que nós queremos mesmo é que exista o passe livre para que estudantes e trabalhadores desempregados possam pegar um transporte público de qualidade, realmente público, porque hoje o transporte que existe em Teresina não é público, ele é um coletivo, mas não é público porque a população não usufrui dele de uma forma pública, então nossa principal reivindicação é que ele seja público e de qualidade”, declarou.

O presidente do Sindserm (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina), Sinésio Soares, afirmou que não motivos para o aumento da passagem: “Nós estamos compreendendo que com as modificações do trânsito os percursos diminuíram consideravelmente com essa integração, os ônibus, por exemplo, que vêm da periferia da cidade chegam a um determinado local e voltam, ou seja diminui o consumo e o desgaste”,

“Nós temos como comprovar e nos propusemos a isso, temos uma economista já contratada, só estamos querendo que nos permitam ter acesso aos dados e não aceitar os dados que eles impõem, queremos, por exemplo, verificar no pé da catraca quantas passagens estão sendo vendidas, inclusive, neste mês de janeiro, para que a gente possa nos contrapor a essa planilha que eles apresentam”, declarou Sinésio Soares.

Para Sinésio o aumento é consequência de um acordo não cumprido entre o prefeito Firmino Filho e o Setut: “Entendemos que o lucro continua exorbitante e que essa atitude do prefeito em aumentar é consequência de uma negociata no tempo da licitação das linhas de ônibus, quando foram criados os consórcios, se comprometeu com o Setut de pagar uma complementação ao ponto de que o Setut apresentou valores que fizeram com que eles ganhassem a concorrência. O Setut ganhou a concorrência por conta desse compromisso e o prefeito não pagou a complementação, agora o prefeito quer que a população pague, isso é uma fraude, nós não concordamos com isso, pra nós não deve ter reajuste nenhum”, disparou.

Para o presidente da AMES, Lucas, o valor cobrado não é compatível com o transporte oferecido: “Nós estamos aqui construindo esse ato por que a gente sabe que R$ 3,60, R$ 3,71 não vale o transporte público que a gente pega, a gente sabe que precisamos mudar essa realidade e só vamos conseguir isso através da rua, através da luta”, afirmou.

Conselho Municipal de Transportes

Na última quinta-feira (4) o Conselho Municipal de Transportes aprovou o aumento da tarifa para R$3,71 e a meia para R$ 3,18. O prefeito, no entanto, diminuiu 11 centavos no valor da passagem inteira e 3 centavos na meia.

Precariedade

Já no início deste mês, o GP1 mostrou um vídeo em que passageiros são obrigados a descer de um ônibus no bairro Torquato Neto, zona Sul de Teresina, para que o veículo suba uma ladeira. O vídeo foi compartilhado mais de 1.150 vezes em uma página do Facebook.

Protestos contra aumento da passagem em 2017

Há exato um ano, no dia 9 de janeiro de 2017, manifestantes incendiavam um ônibus na Avenida Frei Serafim em um ato contra o aumento da passagem de ônibus. Na ocasião o valor da passagem havia pulado de R$ 2,75 para R$ 3,30.

Além do aumento da gasolina, pneus e pagamento de pessoal, os empresários alegaram a implantação do sistema de ar-condicionado e Wi-Fi nos ônibus da capital, mas usuários ainda reclamam das condições do transporte público.

Firmino acumula dívida de R$ 30 milhões com Setut

Em dezembro de 2017, o GP1 recebeu informações do promotor de Justiça da Fazenda Pública, Fernando Santos, que o prefeito Firmino Filho acumulava dívida de R$ 5 milhões com o Sindicato das Empresas de Transpores Urbanos de Teresina nos primeiros seis meses do ano de 2017. Segundo o promotor, o prefeito já teria dívida de R$ 25 milhões, somando assim R$ 30 milhões.

Firmino pagou R$ 8 milhões para empresário preso pela PF

O GP1 teve acesso a um contrato que mostra que o prefeito Firmino Filho utilizou verbas federais para o pagamento de locação de automóveis junto a empresa de fachada VR Serviços, propriedade do empresário Venilson de Oliveira Rocha. O valor chega a R$ 8 milhões.

O empresário é ex-prefeito da cidade de Prata, no Piauí e foi preso em novembro de 2017 pela Polícia Federal por desvio de verbas públicas. O Ministério Público Federal afirma que a empresa é de fachada tendo em vista que no endereço funciona um posto de lavagem sem vínculos empregatícios na data do contrato.

Passagem de ônibus diminuiu no Paraná

Na região metropolitana de Curitiba, no Paraná, a prefeitura de Araucária foi digna de um feito bem diferente. No dia 19 de dezembro de 2017, foi anunciado que o valor da passagem de ônibus passaria de R$ 4,25 para R$ 2,90 a partir do primeiro dia do ano de 2018.

A atitude foi possível devido ao fim da Comissão Municipal de Transporte Coletivo (Cmtc) e a passagem vale para destinos de Araucária para toda a região metropolitana de Curitiba.

Além da diminuição da tarifa, aos domingos usuários não pagam passagem mediante apresentação do Cartão de Transporte Triar. Alunos matriculados em escolas municipais também têm direito à isenção da taxa. O benefício é chamado Passe Livre Estudantil (Educard).

Confira o valor da passagem de ônibus em outras capitais

São Paulo R$ 4,00

Rio de Janeiro R$ 3,40

Fortaleza R$ 3,20

Belo Horizonte R$ 4,05

Manaus R$ 3,30

Curitiba R$ 4,25

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