Preparado com “armadura” para enfrentar críticas ao Brasil, principalmente sobre o meio ambiente, depois de avaliar que o País estava no “inferno” quando participou do Fórum Econômico Mundial de Davos no ano passado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, surpreendeu-se com a receptividade dos participantes este ano. “Eles estão achando que eu sou mágico”, afirmou.
Durante conversa com jornalistas ao final de sua participação no evento, ele contou vários episódios em que esteve no centro das atenções durante encontros fechados nos Alpes suíços.
Um deles foi o de que foi recebido pela nova diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, com a frase de que ela tinha ouvido “falar muito” a seu respeito. Outro foi o de que o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, teria dito mais de uma vez que já admirava o ministro pelo que dizia e passou a admirar agora pelo que ele fez. Num dos encontros, estariam presentes também os secretários americanos de Comércio e do Tesouro, Wilbur Ross e Steven Mnuchin.
“Isso aconteceu porque a descrença era tão grande, era tudo tão ruim que o pessimismo virou upside”, avaliou. “A Justiça tarda, mas não falha”, continuou. Guedes fez questão de dizer que as glórias, no entanto, estavam sendo divididas com o presidente Jair Bolsonaro e o Congresso. “A imagem que tinham era de que tudo era uma confusão, o presidente era uma confusão”, lembrou.
O ministro aproveitou para enaltecer o apoio do presidente a seu trabalho. “Ele foi um escudo”, considerou, citando, por exemplo, a autorização para reunir em uma só Pasta cinco ministérios (Fazenda, Planejamento, Indústria e Comércio, Previdência e Trabalho). Graças a essa união, de acordo com Guedes, é que tem sido possível acelerar os projetos do governo. Quando há desmembramento, na opinião de Guedes, aumenta-se o risco de haver “fogo amigo”.
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