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Política

Eduardo Cunha tem US$ 2,4 milhões bloqueados pela Suíça

A informação foi dada nesta quinta-feira (8) por uma fonte próxima ao caso.

O Ministério Público da Suíça bloqueou US$ 2,4 milhões, o equivalente a R$ 9,6 milhões, em contas do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e de familiares dele. A informação foi dada nesta quinta-feira (8) por uma fonte próxima ao caso. As autoridades da Suíça enviaram extratos das contas para a Procuradoria-Geral da República. Agora caberá ao procurador-geral Rodrigo Janot decidir se abre um novo inquérito contra Cunha.

Imagem: Divulgação A informação foi dada nesta quinta-feira (8) por uma fonte próxima ao caso.(Imagem:Divulgação) A informação foi dada nesta quinta-feira (8) por uma fonte próxima ao caso.

De acordo com O Globo, as contas de Eduardo Cunha foram descobertas em abril deste ano pelas autoridades Suíças. Ele pode ser acusado de praticar corrupção passiva e lavagem de dinheiro desviado da Petrobras. O peemedebista é suspeito de receber propina por dar informações privilegiadas sobre a venda de um campo de petróleo no Benin.

Nas investigações da Operação Lava Jato, Cunha foi denunciado, em agosto, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Recebimento de Propina


O presidente da Câmara, Eduardo Cunha é acusado de receber US$ 5 milhões em propina para facilitar a compra de dois navios-sondas da Samsung Heavy Industries, pela Petrobras, um negócio de US$ 1,2 bilhão. As negociações deram um valor total de US$ 40 milhões em propina.

Nessas investigações foram encontrados provas da participação lobista Fernando Soares, o Baiano, e o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró já foram condenados por Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba.

A denuncia feita pelo Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pede para Eduardo Cunha devolver aos cofres públicos US$ 80 milhões. O valor soma entre multa e valores desviados. As investigações da Justiça Suíça podem complementar com outras informações obtidas pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal no Brasil.

Depoimento

O lobista João Augusto Rezende Henriques prestou depoimento à Polícia Federal em Curitiba, no qual confirmou que fez depósito numa conta que, mais tarde, ele descobriu pertencer a Cunha. João ainda disse que fez o depósito em retribuição à venda de um campo de Petróleo no Benin para a Petrobras.

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