O vereador Edilberto Borges, o Dudu (PT) apresentou nesta quinta-feira (8) um requerimento pedindo que a Prefeitura Municipal de Teresina (PMT) apresentasse informações acerca do transporte escolar da Capital.
Dudu pretende fiscalizar o sistema da capital após a Polícia Federal (PF) juntamente com a Controladoria Geral da União (CGU) deflagrar a Operação Topique, que desarticulou uma organização criminosa formada por várias empresas acusadas de fraudar licitações e desviar recursos públicos destinados ao serviço de transportes do Governo do Estado. Dudu quer descobrir quais dessas empresas também prestam serviço à Prefeitura de Teresina.
“Nós sabemos que existem empresas que prestam serviços para o Estado que prestam para Teresina, então nós precisamos ter uma vacina. Saber quais são as empresas que prestam serviços em Teresina, saber quanto elas cobram, quanto elas recebem, de que forma foram feitos esses contratos, para que a gente possa ter um comparativo com o anterior”, afirmou Dudu.
- Foto: Cinara Taumaturgo/ GP1 Vereador Dudu
O petista ainda disse ter recebido denúncias de que ex e atuais vereadores possuem empresas de aluguel de veículos de transporte escolar prestando serviço à PMT. “Eu recebi agora nos últimos dias informações de que ex-vereadores e vereadores tem empresa que prestam serviços para o serviço escolar de Teresina, então isso é grave. Então nós queremos saber isso tudo”, continuou Dudu.
O vereador disse ainda que caso as denúncias sejam verdadeiras, é “imoral” que os vereadores utilizem essa manobra, tendo em vista que é impossível fiscalizar a si mesmo. “Se não for ilegal, é no mínimo imoral porque como é que eu vou fiscalizar a mim mesmo. Então não existe isso. Se tiver é grave. Se tiver, primeiro temos que ir a cabo. Eu só quero quem presta serviços, o valor contratado e o valor pago. Então nós vamos fazer essas medidas e vamos atrás disso”, concluiu.
Requerimento negado
O vereador também lamentou a rejeição do requerimento e explicou que “quem não deve não teme” e teceu críticas à vereadora Graça Amorim (PMB), líder do prefeito Firmino Filho na Câmara.
“Eu lamento que a Câmara Municipal rejeite o requerimento pedindo essas informações porque quem não deve não teme. Eu costumo dizer, quem está errado tem que pagar no rigor da lei, seja de onde for, do meu partido, de onde for. E dinheiro público, esse é que tem que ser zelado. Então quando a Câmara, através da líder do prefeito, rejeita o requerimento, suscita suspeita. O requerimento foi rejeitado por unanimidade puxado pela líder do prefeito. Então significa que alguma coisa está no ar porque se não tem nada a esconder porque você não vai trazer uma informação que é papel do vereador”, disse o petista.
Desviar o foco
Questionado se o requerimento não seria uma manobra para desviar o foco da Operação Topique na Secretaria de Educação do Piauí (SEDUC), Dudu disse que é papel do vereador fiscalizar.
“Eu Sou vereador e o papel constitucional do vereador é o mesmo da Graça, fiscalizar o Poder Público do município. Agora se estão querendo fazer palanque político para o Estado, que façam para lá. O meu papel aqui é ser vereador e vou continuar na defesa do meu mandato. Se tiver algo errado, lá ou aqui, tem que pagar no rigor da lei”, continuou Dudu.
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